Brasil, 30 de julho de 2025
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Governo estuda acabar com autoescola obrigatória para CNH

A proposta do governo federal gera reações, e Detrans defendem preservação da segurança no trânsito.

Recentemente, a Associação Nacional dos Detrans (AND) se manifestou sobre a proposta do governo federal de acabar com a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A discussão, que pode impactar a formação de condutores no Brasil, foi considerada séria pela AND, que enfatiza a importância da qualidade na formação e segurança viária.

Reação da AND à proposta do governo

Em uma nota oficial, o presidente da AND, Givaldo Vieira, afirmou que a educação para o trânsito deve ser uma prioridade nas políticas públicas de mobilidade. “Em um país que ainda registra altos índices de condutores não habilitados, é fundamental que qualquer mudança preserve e reforce a qualidade da formação dos motoristas”, destacou Vieira. Essa declaração reflete a preocupação com a segurança viária e a formação adequada dos condutores.

A proposta do governo está sendo analisada com a possibilidade de tornar a obtenção de CNHs mais acessível, mas a AND ressalta que isso não pode ocorrer à custa da excelência do processo de aprendizagem. “A educação no trânsito salva vidas e deve ser tratada como prioridade absoluta em qualquer política pública relacionada à mobilidade”, completou o presidente.

A proposta do governo Lula

A proposta em discussão, apresentada pela administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sugere flexibilizar as exigências para a obtenção da CNH. Assim, o candidato poderia optar por não frequentar uma autoescola, mantendo apenas a obrigatoriedade dos exames teóricos e práticos realizados pelos Detrans. Esta medida é vista como uma forma de facilitar o acesso à habilitação, uma vez que o custo do processo pode variar entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, um preço considerado alto por muitos cidadãos.

Visão do governo sobre custos

O ministro dos Transportes, Renan Filho, defendeu a proposta em uma entrevista à GloboNews, mencionando que um grande número de pessoas está dirigindo sem a devida habilitação justamente pela dificuldade de pagar pelo processo. “O cidadão não aguenta pagar isso”, afirmou, ressaltando a necessidade de mudanças que facilitem o acesso à CNH.

O governo acredita que essa flexibilização poderá, de certa forma, reduzir os altos índices de pessoas dirigindo sem carteira habilitada. Contudo, a AND recomendou um equilíbrio entre a ampliação do acesso à CNH e a manutenção da segurança no trânsito.

Próximos passos e discussões

A AND revelou que está em diálogo com os presidentes dos Departamentos Estaduais de Trânsito para organizar uma agenda junto à Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e ao ministro Renan Filho. O objetivo é discutir a proposta e suas implicações no contexto da formação de condutores e segurança nas estradas brasileiras.

Com a tramitação da proposta em análise, há um campo fértil para que diversas opiniões sejam debatidas. Enquanto o governo defende a necessidade da mudança, especialistas e entidades ligadas à educação no trânsito alertam para os riscos que uma flexibilização sem critérios pode acarretar.

A importância da educação no trânsito

A discussão sobre a formação de condutores é crucial em um país que ainda apresenta altos índices de acidentes e condutores não habilitados. A educação no trânsito é uma ferramenta vital não apenas para capacitar motoristas mas também para promover uma cultura de respeito e segurança nas vias públicas.

É essencial que a sociedade civil, representantes do governo e especialistas se unam para encontrar a melhor solução que preserve a segurança no trânsito enquanto amplifica o acesso à CNH. A mobilidade urbana deve ser pensada de maneira integrada, levando em consideração todos os fatores que impactam a vida no trânsito e segurança dos cidadãos.

O caminho à frente precisa ser traçado com base num diálogo aberto, onde as preocupações de todos os envolvidos sejam ouvidas e consideradas.

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