Brasil, 30 de julho de 2025
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Governo dos EUA vai queimar quase US$10 milhões em anticonceptivos

Decisão controversa feita pelos EUA, sob a política anti-abortista, causa indignação internacional e protestos públicos

O governo dos Estados Unidos anunciou que queimará aproximadamente US$ 9,7 milhões em anticonceptivos destinados a países pobres, apesar de ofertas de organizações internacionais para compra ou reembalagem dos itens. A medida, que envolve a incineração de implantes, pílulas e dispositivos intrauterinos, gerou forte reação negativa do público e de políticos ao redor do mundo em meio à política de corte de ajuda internacional iniciada durante a administração Trump.

Conjunto de políticas que impede doações de anticonceptivos

Segundo reportagens da Reuters e Axios, a decisão de queimar os contraceptivos foi tomada devido a políticas que proíbem o apoio dos EUA a organizações que oferecem ou apoiam o aborto, em conformidade com a política do México Ato de 2025, reinstituída por Trump. Uma porta-voz do Departamento de Estado afirmou que esses recursos não poderiam ser doados por questões legais e políticas, embora existissem alternativas de doação por parte de organizações internacionais. Os itens, armazenados na Bélgica, serão enviados para a França para incineração, com o governo gastando cerca de US$ 167 mil com o processo.

Reações e críticas internacionais

Políticos de diversos países e ativistas de direitos reprodutivos criticaram a decisão, classificando-a como “cruel, vergonhosa e um desperdício de dinheiro público”. A deputada californiana Judy Chu descreveu a ação como “horrenda”. Beth Davidson, legisladora de Nova York, alertou que a ausência de acesso a anticoncepcionais pode levar a mais abortos inseguros e aumento na mortalidade materna. Nas redes sociais, o sentimento contra o governo americano foi expresso por usuários que consideraram a medida uma forma de “desumana” e “hipócrita”.

Impacto na saúde global e na política de ajuda internacional

Analistas afirmam que o desperdício de recursos demonstra uma política de corte de ajuda que prejudica milhões de pessoas em todo o mundo, afetando programas de combate ao HIV, desnutrição e outros serviços essenciais. Organizações internacionais, incluindo a ONU, ofereceram-se para ajudar na compra ou transporte dos contraceptivos, mas foram rejeitadas pelo governo americano.

Perspectivas futuras e reações do setor

Especialistas alertam que ações como essa podem reforçar a desigualdade no acesso à saúde reprodutiva e aumentar os riscos de saúde para mulheres em países vulneráveis. A controvérsia reforça o debate sobre os limites das políticas anti-abortistas e o impacto na ajuda humanitária americana no cenário global. Ainda não há previsão de mudanças na política de descarte de anticonceptivos pelos EUA.

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