Brasil, 29 de julho de 2025
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Governadores de direita adotam estratégias distintas frente ao tarifaço

Medidas e discursos variados marcam a postura de governadores de direita em relação ao tarifaço dos EUA, visando 2026.

atuais em solo brasileiro. Essa análise provocou reações adversas, incluindo críticas diretas de Eduardo Bolsonaro, que se opôs à sua posição.

Além de Tarcísio e Ratinho, outros governadores, como Eduardo Leite (PSD) de Santa Catarina, buscam se afastar da imagem bolsonarista ao criticar a postura de Eduardo. Leite, que se considera um presidenciável, propôs uma linha de crédito para os setores mais afetados, enquanto criticou a inação de Lula como tardia e insuficiente para lidar com os desafios que o tarifaço impõe.

Dilemas políticos e econômicos

Os governadores enfrentam, segundo o analista político Antonio Lavareda, um complicado dilema ao tentarem equilibrar a condenação do tarifaço sem desgastar as relações com Washington, ao mesmo tempo que evitam uma proximidade excessiva conjunta ao governo Lula. A proposta de atuar em bloco como governadores e não como um único partido é uma estratégia para mitigar os impactos das tarifas.

Enquanto Caiado clama por uma reunião com o Fórum de Governadores, impulsionando um diálogo mais construtivo que se concentre em solucionar questões tarifárias, outros governadores, como Cláudio Castro (PL) do Rio de Janeiro, deliberam sobre a estimativa de prejuízos em sua economia, com o intuito de definir uma posição oficial. A divergência nas abordagens reflete um cenário tumultuado entre alianças políticas e o impacto econômico que o tarifaço pode trazer para o Brasil.

A resposta dos governadores e a atuação de Eduardo Bolsonaro

A briga interna na direita se intensifica à medida que a discussão sobre o tarifaço avança. O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou a atuação de Eduardo, chamando suas falas de “altamente reprováveis”. De acordo com Mendes, as críticas de Eduardo têm potencial para criar divisões e dificultar uma resposta unificada dos governadores.

Por fim, enquanto alguns governadores tentam uma negociação prudente e articulada com o governo americano, a desavença interna se agrava, alimentada pelas prováveis disputas eleitorais que se aproximam. A complexidade do cenário revela que, além das questões econômicas, o futuro político da direita no Brasil dependerá de como seus líderes se adaptarem e se posicionarem diante dos desafios do tarifaço e suas repercussões.

Em suma, os governadores de direita estão navegando em um mar de incertezas, jonglando entre a política e a economia, numa corrida que já começa a esquentar para as eleições de 2026.

Às vésperas da entrada em vigor do tarifaço, que será implementado pelo governo dos Estados Unidos em 1º de agosto, governadores de direita no Brasil estão adotando posições e discursos variados na busca por espaço político de olho nas eleições de 2026. Enquanto alguns buscam estabelecer laços com o governo de Donald Trump, outros se veem em meio a uma enxurrada de críticas, tanto de aliados quanto de opositores.

Disputas internas e críticas entre aliados

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), estão na linha de frente ao tentar negociar economicamente com o governo Trump, dissociando essa atuação de questões relacionadas à anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa postura os colocou na mira de críticas, incluindo de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que já manifestou descontentamento com a abordagem de seus aliados.

Por outro lado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), centrando suas críticas na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), parece ter sido poupado das críticas mais diretas de Eduardo. Em uma tentativa de aliviar os impactos do tarifaço, Caiado propôs uma linha de crédito para as empresas afetadas, seguindo a tendência estabelecida pelos governadores de São Paulo e Paraná.

A estratégia de Tarcísio em São Paulo

Entre os governadores que buscam se posicionar como herdeiros políticos de Bolsonaro, Tarcísio tem buscado sensibilizar interlocutores do governo americano sobre os efeitos prejudiciais do tarifaço. Ele anunciou recentemente um pacote voltado para ajudar exportadores paulistas impactados pela nova política tarifária. O pacote inclui uma linha de crédito subsidiada de até R$ 200 milhões, além da liberação de R$ 1 bilhão de ICMS retido.

Tarcísio, em suas intervenções, tem procurado criticar discursos que fomentam divisões, afirmando que “é preciso agir como adulto para resolver o problema” do tarifaço, enquanto outros se concentravam em questões políticas. Seus comentários foram interpretados como uma sutil crítica a Eduardo Bolsonaro, que usa suas redes sociais para provocar polêmicas sobre o tema.

Reações ao tarifaço e fortalecendo alianças

A reação ao tarifaço também gerou discordâncias entre os governadores. Ratinho Jr. e Tarcísio defendem a necessidade de um diálogo com o governo dos EUA, enquanto criticam a postura de Lula. Ratinho chegou a minimizar o impacto da política americana, afirmando que a relação comercial entre Brasil e EUA é maior do que os eventos políticos

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