Brasil, 30 de julho de 2025
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Gleisi Hoffmann chama Eduardo Bolsonaro de traíra e pede cassação

A ministra das Relações Institucionais criticou Eduardo Bolsonaro e defendeu sua cassação durante o debate sobre tarifas impostas pelos EUA.

A ministra das Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, não poupou críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta terça-feira, descrevendo-o como um “traíra” e exigindo que ele seja cassado. A declaração vem em um momento tenso, em que os desdobramentos de uma recente sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acirram as relações comerciais entre os dois países.

Criticas de Gleisi Hoffmann

As palavras de Gleisi Hoffmann foram contundentes em uma coletiva de imprensa, onde afirmou: “É um traíra. Comete crime de lesa-pátria. Não tem o direito de continuar a ser deputado pelo Brasil. A Câmara dos Deputados deve agir para que esse traíra não possa mais representar nenhuma instituição brasileira.” Essa declaração reflete a insatisfação do governo brasileiro com a postura de Eduardo Bolsonaro, que está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A recente atuação de Eduardo, que confirmou em uma entrevista que está trabalhando para garantir a implementação do tarifaço, gerou a indignação da ministra. Segundo ela, a sobretaxa, prevista para entrar em vigor na próxima sexta-feira, dia 1º de agosto, tem motivações políticas e representa uma afronta ao Brasil. Gleisi ressaltou que as medidas unilaterais impostas pelos EUA não têm justificativa objetiva e são, na verdade, sanções com intenção política explícita.

Implicações da sobretaxa sobre o Brasil

Gleisi criticou abertamente a administração Trump, afirmando que a introdução da tarifa de 50% afetará severamente as exportações brasileiras. As consequências econômicas destas medidas são preocupantes para o país, que busca fortalecer sua presença no mercado internacional. “Os crimes contra a democracia cometidos no Brasil serão processados e julgados conforme nossa Constituição”, acrescentou Gleisi, reiterando a defesa dos interesses nacionais com firmeza.

Diálogo em busca de soluções

A ministra destacou que o governo brasileiro está disposto a dialogar com os Estados Unidos, mas reitera a importância de fazê-lo em termos justos e equilibrados. À medida que o chanceler brasileiro Mauro Vieira se encontra em Nova York, aguardando um sinal da Casa Branca para um possível contato, as expectativas parecem incertas. Interlocutores afirmam que é improvável que um contato significativo ocorra nesta terça-feira, devido ao deslocamento de integrados da comitiva de Trump.

Além disso, um grupo de senadores brasileiros se encontra em Washington, tentando desbloquear negociações com parlamentares americanos e empresários. A ministra enfatizou a disposição do Brasil para negociar, mas não aceitará ingerências em assuntos internos.

Perspectivas para o futuro

Gleisi enfatizou que a relação do Brasil com seus parceiros comerciais deve ser pautada pelo respeito e pela soberania. Essa postura é crítica, especialmente considerando o acordo de livre comércio que pode ser firmado entre o Mercosul e a União Europeia até o fim deste ano. “Esta é uma oportunidade estratégica de cooperação, crescimento e desenvolvimento compartilhado”, afirmou.

Além do mais, a ministra concluiu que o compromisso não se resume apenas a aspectos comerciais, mas também envolve alinhamento com valores democráticos e padrões sustentáveis de produção. O Brasil segue seu caminho em busca de proteção da sua soberania e interesse nacional, não se recusando a negociar, mas reiterando sua posição firme contra qualquer tentativa de interferência externa.

Com a tensão nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos amplificada pelas recentes declarações e ações, a situação requer atenção dos governantes e da sociedade civil, que buscam a melhor maneira de lidar com os desafios que se apresentam.

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