Brasil, 29 de julho de 2025
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Feminicídios e mortes de crianças crescem no Brasil em meio a queda de assassinatos

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela aumento de feminicídios e mortes de crianças no Brasil, mesmo com queda geral de assassinatos.

Dados alarmantes recentes mostram que, enquanto o número geral de assassinatos diminui em algumas áreas do Brasil, a violência contra mulheres e crianças está em ascensão. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela que Salvador foi a capital mais violenta do país em 2024, com uma taxa de 52% de mortes violentas, destacando-se como um dos locais mais preocupantes em termos de segurança pública.

Taxa de violência em Salvador

Com 1.335 mortes violentas registradas, Salvador se aproxima dos números do Rio de Janeiro, que contabilizou 1.375 casos no mesmo período. No entanto, a proporção é significativamente maior em Salvador, que possui uma população quase três vezes menor que a capital carioca. Enquanto a taxa de homicídios dolosos no Rio de Janeiro é de 20,4%, a de Salvador chega a impressionantes 50,2%, colocando a capital baiana em uma posição crítica no cenário nacional de violência.

Aumento nos feminicídios e mortes de crianças

Entre os dados preocupantes, o aumento de feminicídios e o número de mortes de crianças destacam-se como questões de saúde pública premente. Embora o Anuário não forneça números exatos sobre o aumento específico de feminicídios, a preocupação com a proteção das mulheres se intensifica, especialmente em uma sociedade em que a desigualdade de gênero continua a ser uma realidade dolorosa e frequentemente mortal.

Contexto da violência em Salvador

O anuário apresenta um detalhamento das mortes violentas que inclui homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. Em 2024, Salvador registrou 873 homicídios dolosos, ficando atrás do Rio de Janeiro, que teve 963. Esse panorama diminui a esperança de um futuro mais seguro para muitas áreas da cidade, onde a violência é uma constante na vida diária.

Mortes pela polícia e suas implicações

Um dos índices mais preocupantes é o número de mortes decorrentes de intervenções policiais, que subiu para 420 ocorrências em Salvador, o que representa o maior índice entre as capitais do país. A cidade ocupa a segunda posição na lista geral de municípios com mais mortes causadas pela polícia, atrás apenas de Santo Antônio de Jesus. A escalada de mortes por intervenção policial na Bahia está sendo monitorada de perto, já que números de 2022 a 2024 indicam uma tendência alarmante.

O que fazemos agora?

A sociedade civil, juntamente com organizações de direitos humanos, está pedindo uma mudança nas políticas de segurança pública, enfatizando a necessidade de um enfoque que priorize a proteção dos indivíduos e a redução da violência estrutural. A manutenção das cifras de feminicídios e mortes de crianças causa um clamor por intervenções urgentes e eficazes que atendam tanto as questões sociais quanto as estruturais que alimentam a violência em Salvador e em todo o Brasil.

A luta contra a violência

É fundamental que iniciativas sejam implementadas para garantir a segurança das mulheres e das crianças, com um foco em educação e empoderamento. Projetos que busquem reduzir a desigualdade de gênero e promover a equidade são essenciais para mudar essa narrativa. Além disso, a promoção de diálogo entre a polícia e as comunidades será crucial para restaurar a confiança e fomentar um ambiente mais seguro.

O cenário atual exige nosso comprometimento em buscar soluções que não apenas abordem a violência de imediato, mas que também trabalhem para erradicar a raiz desse problema. Em um Brasil que precisa urgentemente enfrentar esses desafios, Salvador serve como um microcosmo do que está em jogo para todas as cidades do país.

Para mais informações sobre a segurança pública e a luta contra a violência no Brasil, acompanhe notícias e atualizações na plataforma g1 e outras fontes confiáveis.

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