Após o anúncio do governo dos Estados Unidos de que aplicará uma tarifa de 50% em produtos brasileiros, empresas exportadoras no Brasil tentam adiar os efeitos dessas medidas. Uma delas, do setor madeireiro em Santa Catarina, anunciou férias coletivas para quase 500 funcionários nesta terça-feira (29).
Impacto nas empresas brasileiras e medidas adotadas
A fábrica de molduras de madeira, que destina 95% de sua produção ao mercado estadunidense, suspendeu contratos de exportação ainda não enviados aos portos. Em comunicado ao mercado e aos colaboradores, o grupo declarou que a decisão visa aguardar um acordo entre os governos brasileiro e americano, permitindo que as atividades comerciais continuem.
Devido às tarifas, apenas um pequeno setor, com cerca de 15 funcionários, continuará operando. Além da fabricação de molduras, a empresa produz paletes, portas de madeira e kits de portas prontas para o Brasil, Uruguai e Paraguai, sendo que aproximadamente metade do comércio da empresa está voltada para os Estados Unidos.
Tarifas dos EUA e possível isenção de produtos
O governo estadunidense anunciou que aplicará tarifas de 50% sobre diversas exportações brasileiras, sendo o maior índice entre os países afetados. Howard Lutnick, secretário de Comércio dos EUA, afirmou que produtos como café, manga e abacaxi poderão entrar no país sem tarifa, mas essa isenção depende de futuros acordos entre Brasil e Estados Unidos.
Segundo informações da TV Brasil, a medida busca pressionar o país a retomar negociações comerciais. A tarifa de 50% representa um desafio para o setor exportador brasileiro, que busca alternativas para impedir o aumento do custo de suas mercadorias.
Perspectivas e próximos passos
Especialistas avaliam que a situação exige esforços diplomáticos para evitar um impacto mais severo na economia brasileira. Empresas aguardam retomada das negociações entre os governos, enquanto alguns setores, como o madeireiro, já enfrentam prejuízos significativos.
Para mais detalhes, acesse a fonte oficial do governo brasileiro.