Brasil, 29 de julho de 2025
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Cenário de tensões comerciais entre EUA e Brasil reforça incertezas globais

Desde a escalada de tarifas iniciada por Trump, o mundo vive uma era de incertezas que remete aos anos 80, afirma embaixador brasileiro

O fortalecimento de tarifas e tensões comerciais, impulsionado pelo governo de Donald Trump desde abril, tem provocado uma crise de confiança global. Segundo o embaixador José Alfredo Graça Lima, a situação lembra os anos 80, uma época marcada por negociações bilaterais e restrições comerciais intensas.

Brasileiros reafirmam compromisso com diálogo apesar das dificuldades

Apesar do ambiente de turbulência, o ministro Fernando Haddad afirmou que o Brasil não abandona as negociações comerciais, destacando a continuidade da disposição para dialogar, independentemente das ações dos Estados Unidos. “Vamos continuar abertos independentemente da decisão dos EUA”.

Recomendações ao Brasil diante do cenário de tensões

O vice-presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), José Alfredo Graça Lima, avalia que a melhor estratégia econômica é liberalizar, ou seja, reduzir tarifas internas para facilitar negociações com os EUA. Para ele, essa postura pode diminuir custos de importação e abrir oportunidades para o país.

Sem espaço para retaliações

Graça Lima reforça que a Lei da Reciprocidade, que prevê retaliações tarifárias, não é recomendável neste momento. Segundo ele, essa estratégia tende a gerar mais perdas do que ganhos, além de potencialmente violar compromissos multilaterais firmados pelo Brasil.

Possibilidade de negociações e exemplos internacionais

Questionado sobre a possibilidade de o Brasil enviar uma missão diplomática aos EUA para negociar a tarifa de 50% anunciada por Trump, o diplomata afirmou que qualquer diálogo deve incluir a oferta de reduzir tarifas brasileiras sobre produtos importados pelos EUA.

O embaixador lembra, ainda, as negociações de países como o Vietnã, que chegou a oferecer tarifas zero para as importações americanas sem expectativa de reciprocidade, estratégia que, segundo ele, tem seus méritos e limites. Aviões da Embraer criticam tarifas.

O impacto das tarifas no Brasil e na economia global

Graça Lima observa que medidas unilaterais, como as previstas na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, podem gerar consequências negativas à economia brasileira, além de dificultar a abertura ao mercado americano. Segundo ele, alternativas como a liberalização comercial representam uma oportunidade de modernização e aumento da produtividade.

Para o diplomata, o momento exige separar política e economia, adotando uma postura pragmática. “Se o novo regime comercial dos EUA influenciar preços, taxas de juros e crescimento econômico, possivelmente será revisto”, afirma.

Olhando para os anos 80 e os desafios atuais

O embaixador compara o cenário atual ao dos anos 80, quando acordos de restrição voluntária e cotas foram utilizados para evitar o colapso do comércio. Hoje, essas práticas vêm sendo substituídas por medidas unilaterais que, embora mais sofisticadas, trazem riscos semelhantes de desorganização econômica.

Graça Lima aponta que a melhor estratégia para o Brasil é a liberalização, com redução gradativa de tarifas de importação, promovendo maior competitividade e desenvolvimento econômico mútuo. Fonte: Globo

Para acessar o texto completo, clique aqui.

Tags: Relações internacionais, Comércio exterior, Tarifas, Política econômica

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