Brasil, 30 de julho de 2025
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Caso Igor Peretto: entenda o assassinato do comerciante que descobriu traição

Ministério Público pede júri popular para acusados de assassinato de Igor Peretto, em um crime envolvendo ciúmes e traição em Praia Grande.

O caso do assassinato do comerciante Igor Peretto continua a chocar o Brasil. Igor foi brutalmente morto em 31 de agosto de 2024, em Praia Grande, litoral paulista, e agora o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) solicitou que os acusados, sua viúva Rafaela Costa, sua irmã Marcelly Peretto e seu cunhado Mario Vitorino, sejam levados a júri popular. De acordo com o MP-SP, há indícios suficientes de que o crime foi premeditado e motivado por questões torpes dentro de um triângulo amoroso.

A brutalidade do crime e os acusados

Igor Peretto foi encontrado morto em seu apartamento, onde o MP aponta que os réus o viam como um empecilho nas relações que mantinham entre si. Mario é acusado de ter desferido vários golpes de faca, causando ferimentos em 17 regiões de seu corpo. À luz das provas recolhidas, a promotoria argumenta que as ações de Rafaela e Marcelly foram fundamentais para o planejamento e execução do crime, pois as duas colaboraram com Mario, possibilitando que ele executasse a ação brutal.

O promotor Rafael Viana de Oliveira Vidal, responsável pelas alegações, apresentou uma narrativa que descreve como os réus se organizaram para a morte de Igor, destacando que Rafaela atraiu a vítima para o local do crime e posteriormente auxiliou na fuga dos comparsas. Marcelly, por sua vez, teria incentivado Mario durante o ataque. Segundo a acusação, nenhum dos envolvidos tentou ajudar Igor após o ataque, focando apenas em suas rotas de fuga.

O triângulo amoroso

O MP-SP descreve o relacionamento entre os acusados como um triângulo amoroso complexo, onde Igor era visto como um obstáculo para que Rafaela e Marcelly vivessem seus relacionamentos com Mario. As evidências indicam que o crime não foi apenas uma questão de ciúmes, mas também um cálculo frio por vantagens financeiras que a morte de Igor poderia proporcionar a eles. A promotoria mencionou que, com a morte do comerciante, o controle da loja de motos que ele possuía e a herança deixada para Rafaela se tornariam uma realidade.

As respostas das defesas

Os advogados dos acusados já se manifestaram sobre as alegações do MP-SP. Mário Badures, que defende Mario Vitorino, afirmou que as conclusões do MP são desprovidas de respaldo probatório. Segundo ele, a defesa irá refutar cada ponto da acusação, alegando que a narrativa apresentada é distorcida e influenciada por uma cobertura midiática que não corresponde aos fatos. Já não se obteve retorno dos advogados de Rafaela e Marcelly até o momento desta publicação, mas todos têm um prazo de cinco dias, a partir da intimação, para apresentarem suas alegações finais antes da decisão do juiz sobre o júri popular.

Desdobramentos do caso

Após a prisão do trio em setembro de 2024, a Justiça decidiu converter a prisão deles de temporária para preventiva. O caso ainda está longe de ser resolvido, com audiências já ocorrendo desde março do ano passado e várias etapas processuais ainda por vir. O crime, que pode ser categorizado como de violência extrema, levou o juiz Bruno Rocha Julio a indeferir os pedidos de liberdade provisória dos acusados, reafirmando a gravidade das acusações.

A promotoria do caso qualificou a ação dos acusados como um ‘plano mortal’, conduzido com premeditação, visto que a investigação revelou que o trio estava em consonância sobre a motivação e execução do crime. O MP-SP ressaltou a crueldade do ato, afirmando que Igor foi atacado desarmado por alguém em quem confiava.

Conclusão

O caso Igor Peretto é um triste lembrete das consequências fatídicas que ciúmes e traições podem provocar. A sociedade agora aguarda ansiosamente por justiça enquanto o júri popular se aproxima, para que o que foi uma tragédia possa, de alguma forma, levar a um desfecho justo.

O assassinato de Igor Peretto não apenas destaca os perigos que podem surgir em triângulos amorosos, mas abre um debate mais profundo sobre confiança e traição em relacionamentos. O desdobramento desse caso irá impactar não só as vidas dos envolvidos diretamente, mas também a comunidade que presenciou uma tragédia tão violenta.

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