Brasil, 30 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Brasil rejeita sanções econômicas dos EUA e busca diálogo com aliados

Governo brasileiro condena medidas unilaterais dos EUA, reforça compromisso com a soberania e tenta retomar negociações comerciais

O governo brasileiro reafirmou nesta terça-feira (29) sua posição de resistência às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos, criticando a atuação unilaterial e política do país vizinho. A ministra das Relações Exteriores, sem citar nomes, afirmou que o Brasil não aceita ingerências externas e que busca manter canais de diálogo abertos com aliados internacionais, incluindo a União Europeia e o Mercosul.

Reação às tarifas e sanções americanas

As declarações ocorreram após a divulgação de uma carta do presidente Donald Trump, que acusava o Brasil de tratamento desigual e ameaçava impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo a ministra, a resposta brasileira é de que “medidas unilaterais no campo comercial, motivadas por razões políticas, não têm justificativa sob qualquer argumento objetivo”.

Ela destacou ainda que o Brasil está sendo alvo de sanções com motivação política, que configuram uma violação aos princípios de soberania do país. “São sanções injustificáveis, que tentam interferir na política interna e nas instituições brasileiras”, afirmou.

Esforços pelo diálogo e cooperação internacional

Diálogo em andamento

Apesar das dificuldades, o chanceler Mauro Vieira está em Nova York aguardando uma sinalização da Casa Branca para retomar o contato de alto nível com os Estados Unidos. No entanto, interlocutores próximos ao governo informaram que uma reunião nesta semana é improvável, já que a comitiva de Trump ainda está na Escócia, retornando aos EUA.

O Ministério da Fazenda também tenta destravar as negociações, com o ministro Fernando Haddad esperando que futuras conversas sobre tarifas ocorram de forma respeitosa. “Esperamos que o diálogo possa ser conduzido com respeito e buscando soluções justas para ambos os lados”, declarou Haddad ao comentar as tentativas de retomar as negociações comerciais.

Atuação de parlamentares brasileiros

Para acelerar o processo, um grupo de senadores brasileiros está em Washington, tentando facilitar o contato com representantes do Congresso e empresários americanos. A força-tarefa visa destravar negociações que possam mitigar os impactos das sanções e tarifas sobre o Brasil.

Compromisso com a soberania e valores democráticos

A ministra também reforçou que o Brasil mantém seu compromisso com o diálogo em condições de justiça e respeito mútuo. Ela destacou que o governo Lula já expressou repúdio às sanções “agressivas” contra autoridades brasileiras, incluindo a suspensão de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal pelos EUA.

“Os crimes contra a democracia perpetrados no Brasil serão alvo de julgamento conforme nossa Constituição, e nossa soberania não sera negociada”, declarou ela. Segundo ela, o país continuará defendendo sua posição firme perante qualquer tentativa de ingerência externa.

Perspectivas futuras e acordos comerciais

Ainda assim, há uma esperança de que o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que pode ser assinado até o final deste ano, seja uma oportunidade para fortalecer o diálogo e a cooperação comercial. A líder do governo na Câmara, Gleisi Hoffmann, afirmou que o entendimento representa uma iniciativa de valorização dos princípios democráticos, sustentabilidade e integração regional.

“Essa parceria ultrapassa interesses econômicos, reforçando um compromisso político com valores democráticos e o fortalecimento de laços amistosos entre as regiões”, afirmou Gleisi.

O governo brasileiro reforça que continuará buscando alternativas diplomáticas para solucionar as tensões atuais e que não aceita pressões externas que comprometam sua soberania. A expectativa é de que novos contatos sejam feitos nos próximos meses, com o objetivo de evitar o agravamento das sanções e promover uma relação mais equilibrada com os parceiros internacionais.

Fonte

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes