A seleção brasileira masculina de vôlei entra em quadra nesta quarta-feira, às 8 horas, contra a China, em Ningbo, pelas quartas de final da Liga das Nações (VNL). O time da casa, que abriga esta fase da competição, vem com a vantagem do apoio da torcida. Por outro lado, o Brasil se apresenta como o grande favorito, tendo terminado a fase inicial da VNL como líder e com apenas uma derrota. O líbero Maique, destaque do time, será uma peça chave na busca pela vitória.
Histórico de confrontos Brasil x China
Desde 2017, Brasil e China se enfrentaram cinco vezes na Liga das Nações, com o Brasil saindo vitorioso em quatro ocasiões e o único triunfo chinês ocorrendo em Brasília, em 2022. Na fase anterior deste ano, o Brasil já venceu a China por 3 a 0. Essa consistência no histórico é um fator que pode jogar a favor do Brasil na partida decisiva.
Desafios e expectativas na VNL
Maique, ao comentar sobre o próximo jogo, expressou a consciência de que será um desafio difícil, especialmente por se tratar de uma partida em solo chinês. “Queremos entregar o nosso melhor para conseguirmos essa classificação para a semifinal”, afirmou o jogador ao GLOBO. Desde 2021, a seleção brasileira teve dificuldades nas quartas de final da VNL, não conseguindo avançar para as semifinais.
Após ser campeão em 2021, a seleção não conseguiu repetir o feito e ficou de fora da semifinal nas Olimpíadas de Paris, o que foi um duro golpe para a equipe, que há 24 anos não passava por uma situação assim. O Brasil, além de ter conquistado a medalha de bronze no Mundial de 2022 e o título nos Jogos Pan-Americanos de 2023, busca retomar a gráfica ascendente que o tornou uma potência no vôlei.
Maique: a estrela em ascensão
Maique, o líbero da seleção, destaca-se nas estatísticas da VNL, sendo considerado o melhor defensor e possuindo a segunda melhor recepção da fase de grupos. “Além do volume de jogo, sou o jogador que traz emoção em quadra”, compartilhou o atleta. Ele também vê a VNL como uma oportunidade de se estabelecer para a próxima Olimpíada, em Los Angeles em 2028.
Fora dos Jogos de Tóquio 2020 e da seleção para Paris 2024, Maique destacou que essa é sua chance de mostrar seu valor. “Estava trabalhando e esperando essa oportunidade”, disse. Sua convocação para a seleção foi uma realização de um sonho que o acompanha desde a infância.
Preparação e saúde mental
A frustração por não ter sido convocado para Paris não foi fácil, mas Maique transformou a experiência em aprendizado. Ele se dedicou à preparação física e mental, incluindo momentos de lazer com seu noivo, Henrique. “Foi importante para descansar e respirar”, afirmou o atleta. Manter uma boa saúde mental, próxima a família e amigos, assim como fazer terapia, são aspectos que Maique considera fundamentais para sua performance.
Novo ciclo no vôlei
Com a meta de 2028 em mente, Maique expressa otimismo em seu desempenho. “Esse início de ciclo está superando as minhas expectativas”, comenta ele, refletindo sobre a oportunidade que teve de se reinventar após uma década jogando pelo Minas, agora se preparando para assumir um novo desafio no Brasília na próxima temporada. “Senti que precisava encerrar um ciclo e buscar novos ares”, revela.
Com o espírito renovado e o desejo de deixar sua marca na história do vôlei brasileiro, Maique está mais do que pronto para enfrentar a China e conduzir o Brasil em direção à semifinal da Liga das Nações.