Um artigo assinado pelo economista Joseph Stiglitz destaca as diferenças entre as ações do Brasil e dos EUA na responsabilização de líderes políticos após eventos tumultuosos. Segundo o texto, enquanto o Brasil tem avançado lentamente em processos legais contra envolvidos em manifestações, os Estados Unidos, sob o comando de Trump, adotaram uma postura mais benevolente, usando o poder de perdão presidencial para absolver condenados, mesmo os mais violentos.
Respostas institucionais distintas
De acordo com Stiglitz, o Brasil tem utilizado um processo judicial criterioso para investigar e julgar os responsáveis por atos de violência e insurreição, buscando responsabilizar cada indivíduo de acordo com a lei. Em contraste, o ex-presidente Donald Trump utilizou o seu poder de perdão de forma ampla, beneficiando aliados condenados por sua participação na invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. “Embora o processo legal no Brasil esteja avançando lentamente, ele mantém uma postura de responsabilidade sob critérios jurídicos sólidos”, afirmou o economista.
Críticas ao papel de Trump
Stiglitz critica duramente as ações de Trump, que, segundo ele, foi cúmplice do ataque que deixou cinco mortos e mais de 100 policiais feridos. “Trump usou o poder de perdão do presidente para perdoar todos os que haviam sido devidamente condenados – mesmo os mais violentos”, aponta o artigo. Essa atuação contrasta com a postura do Brasil, onde procedimentos legais e a independência do poder judiciário têm sido prioridade.
Perspectivas para o futuro
Segundo o economista, a maneira como cada país lida com seus líderes políticos revela muito sobre seus valores democráticos. “A responsabilização de figuras de autoridade deve ser uma prioridade para fortalecer as instituições e a confiança na democracia”, conclui Stiglitz. O artigo termina reforçando a necessidade de um compromisso mais firme com a justiça, seja nos Estados Unidos, no Brasil ou em qualquer parte do mundo.
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