Brasil, 29 de julho de 2025
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Bahia pode perder 50 toneladas de manga com tarifa dos EUA

Tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros ameaça produção de manga na Bahia; impacto pode ser significativo.

O aumento da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado pelos Estados Unidos e com previsão de entrarem em vigor a partir de 1º de agosto, pode acarretar grandes impactos na produção agrícola da Bahia. Especialmente no Vale do São Francisco, a região pode sofrer uma perda de até 50 toneladas de manga, uma das frutas mais apreciadas e cultivadas no estado.

Consequências da tarifa para a produção de manga

De acordo com Humberto Miranda, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o prejuízo pode ser ainda maior, já que 60% da produção de manga na Bahia é escoada para o mercado americano. Os EUA são o segundo maior comprador de mangas do estado, o que torna o impacto da tarifa ainda mais significativo.

O aumento das tarifas, que se aplica a uma variedade de produtos, visa proteger a indústria norte-americana, mas apresenta uma ameaça clara para os agricultores brasileiros. Para muitos produtores, a exportação é uma das principais fontes de renda, e a imposição dessa tarifa pode levar a uma crise econômica na agricultura, especialmente em tempos de incerteza financeira global.

Impacto econômico e social da tarifa no Vale do São Francisco

A região do Vale do São Francisco tem se destacado pela qualidade de sua produção agrícola, especialmente na cultivo de frutas como a manga. O que pode parecer uma medida econômica simples para os EUA pode ter repercussões que vão além da simples perda financeira. Pequenos e médios agricultores podem enfrentar dificuldades extremas para se manterem no mercado, resultando em um aumento do desemprego e da pobreza rural.

A luta dos produtores

Os produtores locais estão buscando apoio do governo federal para tentar contornar essa situação. Muitos já se organizaram para reivindicar medidas que protejam suas exportações e garantam subsídios para enfrentar a crise. Além disso, estão explorando novos mercados a fim de diversificar suas opções de venda e não ficarem tão dependentes do mercado americano.

O governador da Bahia, em declarações recentes, expressou sua preocupação com o impacto que essa tarifa pode ter nas exportações e na economia local. Ele destacou a necessidade de ações eficazes que ajudem a mitigar os efeitos da tarifa e assegurem a proteção dos agricultores baianos.

O futuro da manga da Bahia no cenário global

Com a imposição da tarifa, o futuro da manga baiana no mercado internacional se torna incerto. A competição com outros países produtores, como México e Peru, que já possuem acordos comerciais mais favoráveis com os EUA, aumenta a pressão sobre os agricultores brasileiros.

Além disso, há uma preocupação crescente sobre como o aumento das tarifas pode afetar o preço final da fruta. Consumidores americanos podem ser redirecionados para outras fontes de fornecimento, e a manga baiana, que se destaca pela sua qualidade, pode perder espaço nas prateleiras. Essa situação poderá levar a uma diminuição na demanda, impactando todos os aspectos da cadeia produtiva.

Buscando soluções alternativas

Os agricultores e representantes da indústria estão em busca de soluções alternativas, explorando parcerias com outros países e promovendo a qualidade do produto brasileiro. A ideia é não apenas manter o mercado americano, mas fortalecer as exportações para outras regiões que ainda não foram suficientemente exploradas. Montar campanhas e fortalecer a marca da manga baiana pode ser um caminho viável a ser considerado.

Enquanto as discussões sobre as tarifas continuam, os olhos dos agricultores estão voltados para o futuro. A adaptação a esse novo cenário econômico exigirá resiliência e inovadoras estratégias comerciais, mas, com a colaboração entre produtores e governo, é possível que os desafios possam ser transformados em oportunidades.

O momento é crítico, mas o compromisso com a qualidade e a tradição da produção agrícola da Bahia poderá, com certeza, ajudar a enfrentar os desafios impostos pelas tarifas dos EUA.

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