Goiânia – Uma tragédia envolvendo a prática de highline abalou a comunidade de atletas e entusiastas do esporte no Brasil. Gustavo Guimarães, de 29 anos, perdeu a vida na última sexta-feira (25/7) após cair de uma altura de 50 metros na Cachoeira da Usina, localizada na Chapada dos Veadeiros, uma das regiões mais visitadas do Brasil por praticantes de esportes radicais. Apesar de utilizar um colete de segurança, a Associação Internacional de Slackline (ISA) informou que o equipamento não estava devidamente preso, o que resultou na fatalidade.
O acidente e suas circunstâncias
Segundo informações da ISA, Gustavo havia atravessado a corda e, ao tentar retornar, acabou caindo. Neste tipo de prática, que exige extrema concentração e habilidade, um erro pode ser fatal. Os amigos e a comunidade esportiva lamentam a perda inesperada, ressaltando que Gustavo sempre foi cuidadoso ao utilizar os equipamentos de segurança. “Ele estava sozinho na linha suspensa e, após atravessar, tentou voltar quando caiu. Infelizmente, ele não conseguiu se segurar na correia”, explicou a associação em um comunicado.
Local do incidente
- O acidente ocorreu em Alto Paraíso de Goiás, a cerca de 300 km de Brasília. Gustavo estava praticando highline, um esporte que envolve equilibrar-se sobre fitas suspensas a grandes alturas.
- Ao chegarem ao local, os bombeiros constataram que a vítima estava em estado crítico, sem sinais vitais e com sangramento na cabeça.
- A Polícia Civil não abrirá investigação, pois não há indícios de crime, mas as circunstâncias do acidente passarão por perícia da Polícia Científica.
- Gustavo praticava highline desde 2020 e era conhecido por respeitar as normas de segurança durante a prática.
Quem era Gustavo Guimarães
Gustavo era um entusiasta do esporte e tinha se tornado uma figura querida na comunidade de slackline do Brasil. Além de praticante, ele também atuou em diversos eventos e projetos relacionados ao highline, sempre promovendo a segurança e incentivando novos praticantes. Nas redes sociais, seus amigos e seguidores prestaram homenagens emocionantes, destacando seu espírito livre e sua alegria de viver.
No Instagram, um internauta descreveu Gustavo como “um espírito livre e uma alma leve”, ressaltando o impacto positivo que ele teve na vida de muitos. A tragédia fez com que amigos e familiares se unissem em torno de uma campanha para ajudar a cobrir os custos do transporte do corpo e das cerimônias fúnebres, demonstrando a força da comunidade em momentos difíceis.
O legado de um praticante
Gustavo não era apenas um praticante de highline, mas também havia conquistado um certificado internacional de rigger, ampliando sua atuação no meio. Seu envolvimento em projetos e sua paixão pela prática ajudaram a abrir portas e criar uma rede de apoio entre os amantes do slackline. A sua perda deixará um vazio significativo tanto nas competições quanto na convivência amistosa entre os praticantes.
Despedidas e tributos
No último domingo (27/7), o velório de Gustavo ocorreu em Ouro Branco (MG), onde amigos, familiares e colegas de esporte se reuniram para prestar suas últimas homenagens. A cerimônia foi marcada por histórias emocionantes e lembranças de momentos felizes vividos ao lado de Gusta, como era carinhosamente chamado.
Dentro da comunidade de highline, muitos estão refletindo sobre a importância da segurança e das práticas adequadas ao se aventurar nesse esporte radical. A ISA reiterou a necessidade de conscientizar os praticantes sobre a importância de equipamentos sempre corretamente ajustados.
As mensagens de carinho e apoio têm sido frequentes nas redes sociais, onde muitos se unem em lembranças e dedicatórias a Gustavo. A sua história e paixão pelo highline continuarão a inspirar novas gerações, assegurando que seu legado perdure na memória de todos que o conheceram.
