Brasil, 29 de julho de 2025
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Silêncio de ministros do STF gera mal-estar na corte

O silêncio dos ministros André Mendonça, Luiz Fux e Kassio Nunes Marques após revogação de vistos ocasiona desconforto no STF.

O silêncio constrangedor dos três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, Luiz Fux e Kassio Nunes Marques, que foram poupados pela administração de Donald Trump de terem seus vistos americanos revogados, está gerando um clima de desconforto e tensão dentro da própria corte. Integrantes do STF expressam que a ausência de posicionamentos públicos e privados por parte desses ministros aumentou a percepção de fragilidade entre os colegas, criando um mal-estar nas reuniões e conversas informais.

Mal-estar entre os colegiados do STF

Embora os ministros poupados pela gestão Trump tenham recebido uma espécie de “anistia” em relação à revogação dos vistos, muitos magistrados comentam em off sobre a necessidade de solidariedade e unidade entre os integrantes da corte. De acordo com fontes internas, a ordem é que os ministros se mantenham unidos e evitem discussões abertas sobre o assunto, apesar da tensão evidente.

A pressão externa e a resposta interna

Com os olhares críticos sobre o STF, que tem sido alvo de ameaças por parte do governo Trump, os juízes têm se sentido pressionados a fortalecer o espírito de corpo. Informações indicam que a questão do cancelamento dos vistos, que atinge a maioria dos ministros, traz à tona discussões sobre a defesa da soberania do Judiciário e o respeito às decisões da corte. Um ministro citou que não é apenas a sua posição que está em risco, mas sim a imagem institucional do Judiciário brasileiro.

Falta de solidariedade é notada

Três ministros, que estão na lista de vistos cancelados pelos EUA, relataram que não receberam qualquer gesto de apoio dos seus colegas, incluindo Mendonça, Fux e Nunes Marques. A ausência de comunicação faz com que os outros ministros se sintam isolados e a falta de um retorno, mesmo que privado, intensifica o mal-estar. No entanto, relatos sobre algumas conversas entre Fux e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, sinalizam que, apesar da situação tensa, há tentativas de manter o diálogo.

O eco do silêncio

Um dos magistrados afirmou que “o silêncio é eloquente” e eleve as implicações do comportamento dos três ministros que evitaram se manifestar em um momento tão delicado. Para um ministro ainda em atividade, a situação atual é “desmoralizante”, visto que estar fora do grupo de ministros que teve os vistos revogados pode ser visto como um sinal de falta de comprometimento com a causa coletiva e as consequências que surgem dela.

A história e os destinos dos ministros

Com a promulgação dos novos desdobramentos, muitos acreditam que cada um dos ministros viverá essa condição em sua própria narrativa histórica. Um membro do STF destacou que a prioridade deve ser manter a coesão e a integridade da instituição, mesmo em tempos de crise. Este é um aspecto crucial, pois o STF, como um dos pilares do Judiciário brasileiro, deve resistir às pressões externas e seguir sua função de garantir a justiça e a constituição.

Decisões de Trump e o impacto no STF

A revogação dos vistos só foi anunciada após eventos conturbados envolvendo o governo Bolsonaro e decisões tomadas por Alexandre de Moraes, um dos ministros sancionados. A medida foi divulgada por Marco Rubio, então secretário de Estado, que incluiu Moraes e seus aliados enquanto o ex-presidente enfrentava mandados de busca e uma série de investigações. Esses eventos trouxeram um clima ainda mais tenso, dado que decisões do STF têm impactos diretos nas relações da política nacional e internacional.

Assim, o silêncio dos ministros em questão não só é um reflexo da situação interna da corte, mas também evidencia o estado de fragilidade que permeia a relação entre o Poder Judiciário e o Executivo. O STF, no papel de guardião da Constituição, enfrenta um dilema ao mesmo tempo sutil e complexo, que poderá definir rumos importantes no cenário político brasileiro.

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