Brasil, 29 de julho de 2025
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Menino tem perna amputada após atendimento questionável em hospital

Família suspeita de negligência após amputação de perna de garoto de 13 anos em hospital no Rio de Janeiro.

Um grave acidente deixou um menino de apenas 13 anos sem uma das pernas. O caso, que gerou indignação e preocupações sobre os cuidados médicos, ocorreu no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), no Rio de Janeiro. A família não apenas lamenta a perda do membro, mas também questiona se houve negligência no atendimento que Gustavo de Souza D’Oneill recebeu após ser atropelado por um motociclista embriagado.

O acidente e a cirurgia inicial

No dia 29 de junho, Gustavo foi atropelado enquanto atravessava a rua em direção a sua casa para pegar suas chuteiras, com a intenção de participar da partida de futebol que costumava jogar aos domingos com amigos e familiares. O jovem foi imediatamente socorrido pelos bombeiros e levado ao HEGV, onde chegou com fraturas severas no fêmur direito e na tíbia, além de lesões graves na coxa.

Após uma cirurgia de emergência na madrugada do dia 30, sua condição parecia estável, mas, segundo Alexandre Souza, seu irmão mais velho, houve falhas no procedimento inicial. “A cirurgia foi feita por um cirurgião ortopédico, sem o acompanhamento de um especialista vascular”, relata Alexandre, ressaltando que Gustavo começou a apresentar febre nos dias seguintes à operação.

Alta prematura e complicações

Apesar dos sintomas preocupantes, Gustavo recebeu alta do hospital em 2 de julho. No entanto, esta alta se mostrou apressada, pois, ao voltar para casa, o pé do garoto esfriou e os dedos começaram a apresentar coloração roxa. “O pé dele já estava morto”, afirma Alexandre, demonstrando a frustração e a angústia enfrentadas pela família.

Diante da situação alarmante, Gustavo foi levado de volta ao hospital, onde a notícia mais temida foi confirmada: o menino precisaria passar por uma amputação, realizada acima do joelho no dia 8 de julho. A médica que acompanhava o caso teria alegado que já estava ciente do risco de amputação, mas preferiu não informar a família para evitar mais preocupações. “Se eles sabiam desse risco, eu acho que não deveriam ter liberado meu irmão para ir para casa tão rápido após o procedimento”, critica Alexandre.

Reação do hospital e investigação em andamento

Em resposta aos questionamentos da família, a Direção do Hospital Estadual Getúlio Vargas informou ao portal de notícias g1 que está apurando a situação e se disponibiliza para prestar esclarecimentos aos envolvidos. Segundo a direção, durante o tempo em que Gustavo esteve internado, ele passou por exames clínicos e de imagem, foi submetido a cirurgia e estava sob a constante observação da equipe médica.

No entanto, a família de Gustavo continua sem respostas satisfatórias e busca justiça pelo que considera um erro médico. A situação levanta questões sérias sobre o atendimento prestado pelas instituições de saúde, especialmente em casos tão delicados quanto o de uma criança.

Impacto emocional e busca por respostas

Esse trágico episódio não apenas altera a vida de Gustavo, mas também causa um impacto profundo na dinâmica familiar. Alexandre e seus pais lidam diariamente com a angústia de ver um ente querido enfrentando suas novas limitações. Além disso, a incerteza sobre o que poderia ter sido feito de diferente gera um sentimento de impotência e raiva.

A história de Gustavo é um lembrete da importância de cuidados médicos efetivos, especialmente em situações de emergência. A busca por respostas e por responsabilização por parte da família é fundamental para que outros pacientes não passem por experiências semelhantes. Em casos de negligência, a publicidade e a pressão popular são essenciais para promover mudanças e melhorias no sistema de saúde.

Assim, enquanto a investigação está em andamento, a história de Gustavo D’Oneill serve como um alerta sobre a necessidade de um atendimento médico de qualidade e a importância de ouvir os pacientes e suas famílias em todas as etapas do tratamento.

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