Um grupo de mães católicas nos Estados Unidos está promovendo o apoio aos migrantes, baseado nos ensinamentos sociais da Igreja, por meio do Projeto Dorothea, que visa defender a dignidade humana, responder a injustiças e promover educação sobre o tema.
Iniciativa de mães católicas para ativismo social
Inspirada na experiência de Katie Holler, mãe de dois que se sentiu chamada a agir quando soube das deportações em massa e do tratamento recebido pelos migrantes, a iniciativa começou com a mobilização de uma dozen de mães católicas através de redes sociais.
Em julho, as participantes lançaram uma campanha de cartas dirigida aos bispos dos EUA, solicitando que eles falem publicamente em defesa dos migrantes e promovam um tratamento mais justo, alinhado com a Doutrina Social da Igreja.
Campanha de cartas e resposta da Igreja
Até o momento, mais de 150 cartas foram enviadas a 75 bispos, com uma resposta da Conferência Católica de Indiana, que demonstrou interesse em discutir a questão com o grupo. Uma carta modelo disponível no site do projeto foi assinada por “um paroquiano preocupado”.
Segundo Holler, o grupo, inicialmente formado por mães, cresceu e hoje conta com quase 300 mulheres interessadas em apoiar a causa. Elas pretendem fortalecer a relação com paróquias e sacerdotes para ações mais constantes de educação, oração e solidariedade relacionadas aos ensinamentos sociais da Igreja.
Inspiradas por figuras históricas da Igreja
O nome do projeto faz referência a duas figuras católicas que combatem injustiças: a Serva de Deus Irmã Thea Bowman e a Serva de Deus Dorothy Day. Bowman, nascida em Mississippi em 1937, converteu-se à Igreja na infância e foi reconhecida por sua atuação evangelizadora e sua dedicação à justiça social.
Já Dorothy Day, convertida em 1927, destacou-se por sua luta pelos direitos trabalhistas, igualdade racial e paz, vivendo na pobreza voluntária e participando de ações de desobediência civil em prol dos mais marginalizados.
Perspectivas de continuidade e expansão do movimento
Holler afirma que, apesar do encerramento da campanha de cartas, o grupo continua ajudando mulheres a enviarem suas cartas usando modelos disponibilizados na internet. Além disso, o projeto planeja estabelecer parcerias com paróquias e sacerdotes, buscando ações educativas e campanhas específicas em datas comemorativas.
Ela reforça o crescimento do movimento, que vibra com a conexão com mulheres de diversos lugares do país motivadas pelo Evangelho e pelo amor ao próximo, promovendo uma advocacia que reflete os valores da doutrina social da Igreja.
Para saber mais sobre a iniciativa, acesse o artigo completo no site da CNA.