A atriz e ativista Laverne Cox usou suas redes sociais para falar abertamente sobre seu relacionamento com um policial de Nova York que apoia o movimento MAGA, alinhado ao ex-presidente Donald Trump. Cox, conhecida por seu ativismo pelas questões trans e pelos direitos civis, compartilhou detalhes de sua história durante sua turnê no City Winery, nesta semana.
Relacionamento com policial de direita e comentários da atriz
Em vídeo divulgado no Instagram, Cox contou que conheceu seu ex-namorado há cinco anos, na pandemia, quando ele tinha 26 anos e ela, 48. Ela descreveu-o como “bonito, com cabelo louro e olhos azuis” e destacou que, apesar de serem politicamente diferentes, o amor prevaleceu. Cox afirmou que não desenvolveram suas opiniões políticas durante o namoro, reforçando que ainda mantém suas próprias convicções.
“Ele é um apoiador do movimento MAGA, que é profundamente anti-trans”, comentou Cox. Ela também ressaltou que, enquanto o relacionamento durou, nunca discutiram questões relacionadas à transgênero, focando em momentos mais leves e pessoais. “Ele votou em Trump, mas isso não é tudo o que ele é como pessoa”, afirmou.
Criticismos e defesa de Cox
Após sua revelação, muitas pessoas criticaram Cox por manter um relacionamento com alguém que possui ideias contrárias às de sua comunidade. Cox reagiu às críticas com uma postagem no Instagram, defendendo sua postura. “Estou dizendo a verdade, não me importo com o que pensam”, declarou. “Na minha vida, não escolho pessoas por superficialidades, mas por qualidades e pelo amor verdadeiro.”
Ela também reforçou seu papel de combatente contra o fascismo e reforçou que sempre lutou com empatia e respeito, mesmo com pessoas que têm opiniões diferentes. “Fascismo não combina com meus valores. Sempre desafiei meu ex com amor e argumentos, insistindo na importância do diálogo”, explicou Cox.
Visão política e suas posições pessoais
Embora seja considerada uma ativista de esquerda, Cox revelou que foi democrata por maior parte da vida, tendo se registrado como apoiadora do Partido Democrata em 2020 para votar em Bernie Sanders. Ela deixou claro que nunca votou em Trump e ressaltou que seu ex-namorado, embora apoiante de um movimento anti-trans, nunca a deitou mão ou desumanizou durante o relacionamento.
“Ele não sabia do que Trump e o movimento MAGA representavam para nós, as pessoas trans”, afirmou Cox. Ela destacou que, por maior parte do relacionamento, evitou discussões políticas e trans em respeito ao momento de liberdade e leveza.
Reflexões e próximos passos
Apesar de o relacionamento ter acabado, Cox reforçou sua visão de que o amor pode coexistir com diferenças políticas. “Não há uma receita única para o amor, e cada caso é um mundo”, disse ela. Cox garante que continuará defendendo seus valores, ao mesmo tempo em que mantém diálogo aberto, mesmo com pessoas de posições contrárias.
Para ela, sua história também serve como uma reflexão sobre a importância de respeitar opiniões divergentes sem endeusar ou desumanizar o outro. “Precisamos lutar contra a desumanização, especialmente de comunidades vulneráveis”, concluiu Cox.
