Durante uma apresentação na cidade de Nova York, a atriz e ativista Laverne Cox compartilhou detalhes de um relacionamento de quatro anos com um policial da cidade que é voter do movimento MAGA, partido de apoio a Donald Trump. Apesar de sua história de amor, Cox enfrentou reações negativas após a revelação, considerando o contexto político polarizado dos Estados Unidos.
Revelação e reação às críticas
No vídeo divulgado nas redes sociais, Cox afirmou que conheceu seu ex-namorado há cinco anos, durante a pandemia, e que não tinha conhecimento de suas preferências políticas no início. Ela o descreveu como um homem de “alma bonita” e ressaltou que, embora tenham divergências políticas, sempre tentou dialogar com empatia e respeito.
“Eu não fiz política com ele durante a nossa relação. Nós nos conectamos pelo que tínhamos de comum, e ele nunca falou sobre sua ideologia até que a política se tornou uma questão relevante recentemente”, explicou Cox ao explicar o fim do relacionamento, que ela diz ter sido baseado no amor e no entendimento.
Defesa contra críticas e posicionamento político
Após a divulgação do relacionamento, Cox se posicionou nas redes sociais para esclarecer que não compartilha das opiniões de seu ex e que sempre adotou uma postura de diálogo e respeito às diferenças. “Fascismo é incompatível com meus valores. Sou antifascista e nunca adotei as políticas dele”, afirmou, reforçando seu compromisso com a causa trans e direitos civis.
Ela também destacou que o ex-policial votou em Trump, que o movimento MAGA é profundamente anti-trans e deprecia seus direitos. No entanto, Cox destacou que a relação foi marcada por respeito mútuo e pela tentativa de entender a perspectiva do outro, mesmo com divergências políticas.
Contexto político e impacto na comunidade LGBTQ+
Para Cox, a situação evidencia os complexos desafios enfrentados por quem deseja conciliar amor e ideologia, sobretudo num momento de fortes polarizações políticas nos EUA. “Muitos podem pensar que é uma traição à comunidade, mas acredito na capacidade de amar além de diferenças, sempre com respeito e tentando promover compreensão”, afirmou.
No cenário atual, Cox reforça a necessidade de estabelecer limites claros e de lutar pelos direitos LGBTQ+ em meio às ameaças recentes a políticas de apoio à diversidade de gênero, sobretudo pelo governo federal. Ela afirma que seu relacionamento não a desvela ou compromete seus valores de ativismo e defesa dos direitos civis.
Mostrando a autenticidade do amor
Ao falar aberto sobre sua história, Cox quer desafiar estereótipos e mostrar que é possível amar alguém independentemente de suas opiniões políticas. “Tenho 48 anos e vivi muita coisa. Meu relacionamento foi baseado em conexão genuína, respeito e amor, independentemente das diferenças”, concluiu.
A história de Cox reforça a importância de tratar as divergências com empatia e de não reduzir as pessoas a rótulos políticos, defendendo a humanidade de cada indivíduo diante das polarizações do momento.