As taxas de juros cobradas no crédito livre para pessoas físicas registraram um aumento de 5,7 pontos percentuais em junho, chegando a 58,3% ao ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central. A alta reflete o cenário de juros mais elevado no mercado brasileiro neste período.
Contingente de crédito e investimentos nas concessões
Em junho, a taxa média anual de juros nas concessões de crédito permaneceu praticamente estável, com 31,5%, uma leve queda de 0,1 ponto percentual em relação a maio. Na comparação com junho de 2024, houve um aumento de 3,6 pontos percentuais, indicando maior custo para o tomador de empréstimos.
Para as empresas, os juros médios nas linhas de crédito também subiram, atingindo 24,3% ao ano, o que representa um aumento de 3,5 pontos percentuais na comparação com o mesmo mês do ano passado. Essa alta pode impactar os investimentos e a expansão do setor empresarial.
Redução do crédito consignado após novas regulações
O crédito consignado para beneficiários do INSS verificou uma redução de 1,1%, com a taxa caindo para 26,3% ao ano. A diminuição ocorre após a implementação, em maio, da biometria obrigatória para a liberação do empréstimo, que visa aumentar a segurança na operação.
Cartão de crédito rotativo apresenta a menor taxa do ano
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo tiveram queda de 7,9 pontos percentuais em junho, chegando a 441,4% ao ano. Essa foi a menor taxa registrada neste ano, refletindo uma desaceleração na modalidade.
O crédito rotativo é acionado por clientes que não conseguem pagar o valor total da fatura na data de vencimento. Segundo o Banco Central, caso o consumidor deixe de pagar, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer condições mais vantajosas em até 30 dias.
Juros no cartão de crédito parcelado e outras modalidades
Na modalidade parcelada, os juros médios subiram 1,4 pontos percentuais, chegando a 182,5%. Ainda assim, a taxa de juros total do cartão de crédito diminuiu de 90,2% em maio para 88,7% em junho. O cheque especial, por sua vez, registrou alta de 2,5 pontos percentuais, chegando a uma média de 137,5%, após variação de 135% no mês anterior.
O crédito consignado, por outro lado, manteve-se relativamente estável, com leve recuo de 0,4 ponto percentual, chegando a 26,3% ao ano. Essa modalidade oferece descontos diretos na folha de pagamento, sendo uma opção mais acessível para alguns consumidores.
Segundo o relatório do Banco Central, o aumento geral nas taxas de juros reflete a maior dificuldade de acesso ao crédito e o cenário de aumento da Selic, que impacta diretamente os custos de operação das instituições financeiras.
As informações completas estão disponíveis na nota oficial do Banco Central.