Brasil, 28 de julho de 2025
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Goiás almeja se tornar polo industrial em minerais estratégicos

O estado quer transformar sua riqueza em terras raras em tecnologia, atraindo investimentos e gerando empregos qualificados.

Goiânia – Em meio à crise entre Estados Unidos e Brasil, o interesse dos americanos pelos minerais críticos e estratégicos (MCEs) brasileiros tem crescido, especialmente em relação às chamadas “terras raras”. O governo de Goiás, buscando inovação e desenvolvimento econômico, está determinado a não ser apenas um exportador de matérias-primas, mas sim um polo industrial em minerais essenciais para a economia verde.

O potencial de Goiás nas terras raras

Durante um evento recente em São Paulo, que reuniu investidores e líderes do setor financeiro, o governador Ronaldo Caiado destacou que Goiás possui uma das maiores jazidas do mundo de minerais necessários para a criação de tecnologias como veículos elétricos, turbinas eólicas e equipamentos eletrônicos. Ele afirmou que “o Brasil não pode continuar repetindo o modelo colonial. Não aceitaremos ser apenas fornecedores de minério bruto enquanto importamos a tecnologia pronta”.

As promissoras jazidas de Goiás estão localizadas em regiões como Minaçu, Nova Roma e Iporá, onde se encontram os elementos de terras raras (ETRs), um grupo de 17 minerais críticos, indispensáveis para a transição energética global.

Goiás como produtor de tecnologia

Além de potencializar a extração desses minerais, Caiado defendeu a criação de um marco regulatório específico que garanta segurança jurídica e atraia investimentos para a industrialização. Ele está apostando em diplomacia comercial e já iniciou negociações com países da Europa, Estados Unidos e Ásia. Recentemente, o governador visitou o Japão, enfatizando que Goiás reúne fatores decisivos para o avanço da indústria de alta tecnologia, como estabilidade institucional, matriz energética limpa, mão de obra qualificada e uma localização estratégica no centro do país.

Uma comitiva empresarial japonesa deverá visitar Goiás no próximo dia 15 de agosto, com o objetivo de conhecer o potencial do setor e discutir parcerias para a instalação de plantas industriais de separação de minerais no estado.

O desafio da exportação e da tecnologia

Atualmente, Goiás tem se destacado por concentrar minerais e exportá-los, principalmente para a China. Em sua missão ao Japão, o governador Caiado buscou trazer tecnologia para que a separação dos metais seja realizada em Goiás, com a colaboração de indústrias de base japonesa, europeia e norte-americana. Ele ressaltou que “uma mina nossa já produz mais de 5 mil toneladas — quantidade suficiente para abastecer toda a demanda da Europa ou dos EUA”.

Caiado também mencionou que Goiás tem todas as condições de se tornar “o estado mais importante do mundo” no fornecimento desses insumos estratégicos. “Vou calibrar os interesses: cede-se minério em troca de data centers, satélites, parques industriais. O povo quer resultado, quer emprego, não jogo político rasteiro”, comentou em referência à postura econômica do presidente Lula.

Visão de futuro para Goiás

O plano do governador é claro: transformar Goiás em um polo de tecnologia que não apenas exporta minerais, mas que também agrega valor através da industrialização. Ele acredita que com as condições certas e o apoio do governo federal, o estado pode se tornar uma referência global na cadeia de terras raras.

O cenário atual aponta para uma oportunidade única para Goiás, que pode não apenas melhorar sua economia, mas também contribuir para um meio ambiente mais sustentável. As próximas semanas serão cruciais para o estado, que se prepara para receber investidores e começar a implementar suas ambições de se tornar um centro estratégico na produção e processamento de minerais essenciais.

A jornada de Goiás nesta nova fase será acompanhada de perto, à medida que o estado redefine seu papel no âmbito global e busca se consolidar como um player relevante na indústria de alta tecnologia e na transição para uma economia verde.

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