Brasil, 29 de julho de 2025
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Filha de MLK responde duramente à divulgação dos arquivos sobre o atentado

Após a liberação de mais de 230 mil páginas envolvendo a morte de Martin Luther King, filha do pastor condena a etapa como traumatizante e inoportuna

Nesta segunda-feira, foram divulgadas mais de 230 mil páginas relacionadas ao assassinato de Rev. Dr. Martin Luther King Jr. em 1968, pelo National Archives. A decisão gerou reações diversas, incluindo a de Bernice King, filha do líder, que criticou duramente a liberação desses arquivos, descrevendo a ação como uma provocação desnecessária e prejudicial.

Reação de Bernice King à liberação dos arquivos de MLK

Em entrevista à Vanity Fair, Bernice King afirmou que, para ela, não há valor na reabertura dessas feridas. “Hoje, não escrevo como CEO do The King Center, mas como uma filha que foi confrontada novamente com uma história que foi muito confusa e angustiante para mim quando tinha apenas cinco anos”, revelou. Ela acrescentou ainda que não está preparada para reviver os detalhes mais sangrentos do caso, considerando que isso apenas revive traumas do passado.

Contexto político e controvérsia

A divulgação ocorreu sem aviso prévio, o que levou críticos a alegar que o movimento teve motivações políticas. Alguns historiadores sustentam que os arquivos não trazem novidades relevantes ou informações inéditas, apenas confirmando evidências já conhecidas. Outros veem a liberação como uma manobra para desviar a atenção do escândalo envolvendo os arquivos de Jeffrey Epstein, que também têm despertado atenção pública.

Segundo declarações do governo, o objetivo foi garantir transparência total sobre o caso, com a Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, afirmando que o governo “não deixou pedra sobre pedra” na busca por informações completas. Entretanto, a crítica majoritária aponta que o momento e a forma da divulgação foram inadequados.

Resposta do The King Center e de outros defensores

A instituição liderada por Bernice King emitiu um comunicado chamando o momento de “injusto” e de distração diante das questões urgentes do país. “Dado o número de problemas e injustiças atualmente enfrentados, essa divulgação parece mais uma tentativa de desviar a atenção”, afirmou o centro.

Em uma postagem breve na rede social X, Bernice reforçou seu sentimento de desconforto: “Agora, passem os arquivos de Epstein”.

Repercussão na sociedade e entre especialistas

Enquanto alguns historiadores consideram que os arquivos não acrescentam novidades, outros argumentam que a liberação tem finalidade política, tentando desviar a atenção de temas mais controversos ligados ao governo e à administração Trump. A controvérsia reflete a complexidade de lidar com o passado e os interesses políticos atuais.

Impacto emocional e futuro

Para Bernice e outros familiares, o episódio reabre feridas emocionais profundas, remetendo ao trauma de um passado ainda muito presente na memória coletiva. A discussão sobre o uso, momento e impacto da liberação desses arquivos deve permanecer acesa, enquanto o país busca equilibrar transparência e respeito às dores familiares.

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