Depois de uma trajetória marcada por quase dois anos de colaboração com O GLOBO, apresento este texto como uma síntese do que considerei minha missão: evidenciar a relação profunda entre educação, crescimento social e democracia. Desde março de 2022, escrevi 86 textos buscando mostrar que a educação é o motor de qualquer projeto de nação mais justa e próspera.
Protagonismo e equidade na educação brasileira
Insisti na urgência de enxergar crianças e jovens como protagonistas de um futuro em construção. Ressaltei a necessidade de combater a desigualdade educacional, que se reflete em divisões sociais e econômicas persistentes. Argumentei que investir em educação de qualidade desde a primeira infância é fundamental para reduzir a pobreza e oferecer oportunidades igualitárias.
Valorização de professores e políticas baseadas em evidências
Falei sobre a importância de valorizar os professores e gestores, pilares de um sistema eficaz. Destacei que a adoção de políticas públicas fundamentadas em dados concretos é essencial para enfrentar os desafios do ensino no Brasil. A formação e capacitação contínua desses profissionais são prioridade para alcançar resultados duradouros.
Educação e os desafios do século XXI
Abordei a relação entre educação e temas como racismo, justiça social e os novos letramentos necessários para o mundo digital, climático e do trabalho. Ressaltei que a escola deve ser espaço de formação de cidadãos críticos, capazes de transformar sua realidade e o entorno.
Desafios históricos e a urgência das mudanças
Reconheci as dívidas históricas com o século XX, sobretudo no acesso, permanência e aprendizagem na educação básica. No entanto, ressaltei que o Brasil precisa avançar na agenda do século XXI, enfrentando desafios como mudanças climáticas, a digitalização e a cidadania, com ações planejadas e rigorosas.
Convite à esperança e ao esforço coletivo
Apesar das dificuldades, enxergo um país pulsante, cheio de gente talentosa, iniciativas locais inspiradoras e profissionais dedicados. É necessário fortalecer essas ações e promover maior colaboração entre governo, sociedade civil e setor privado, para impulsionar a transformação social por meio da educação.
Minha despedida não é um adeus à causa que me move, mas uma transição de espaço. Continuarei empenhado na luta por uma educação mais justa, com a mesma paixão e esperança de sempre. Agradeço ao GLOBO e a todos que acompanharam minhas reflexões, enriquecendo-as com suas opiniões e críticas construtivas.
Um Brasil mais esperançoso
Deixamos sementes de mudança, com iniciativas que podem inspirar o país a construir um futuro melhor. Como conclui na Assembleia Global da Anistia Internacional, mesmo diante de situações extremas, a esperança e o amor continuam sendo força vital, ensinando que a educação é nossa maior revolução.
