Durante uma entrevista recente, Donald Trump afirmou que “nunca teve o privilégio” de visitar a ilha de Jeffrey Epstein, cuja propriedade foi palco de acusações de tráfico sexual infantil. A declaração aconteceu em meio às discussões sobre os arquivos relacionados ao caso Epstein, que continuam sem transparência completa na administração atual, após meses de controvérsia.
Trump e Epstein: uma amizade documentada e a controvérsia
Embora Trump tenha mencionado que nunca foi à ilha de Epstein, sua relação com o bilionário foi amplamente registrada. Ele foi citado várias vezes em vídeos e relatos como alguém que, no passado, frequentou círculos próximos ao acusado — além de Epstein, outras figuras influentes, como Bill Clinton, também são alvo de suspeitas de visitas à propriedade em Saint Thomas, nas Ilhas Virgens Americanas.
Trump afirmou: “Eu nunca fui à ilha, mas ouço que Bill Clinton foi lá umas 28 vezes. Também me falaram que Larry Summers, ex-presidente de Harvard, foi, e muitas outras pessoas importantes”. Ele completou dizendo que “rebateu a convite” a ida ao local, alegando ter optado por não visitar o espaço, que é considerado centro de alegações de exploração sexual.
Reação pública e controvérsia sobre o termo ‘privilégio’
O uso da palavra “privilégio” para descrever uma visita à ilha de Epstein causou estranhamento e repúdio nas redes sociais. Usuários destacaram que uma expressão assim, relacionada a um local usado para atividades ilegais de tráfico sexual, revela uma visão distorcida ou insensível do tema. Uma pessoa destacou que “isso faz minha pele encolher e meu estômago virar” ao ouvir as palavras do ex-presidente.
Outros compararam a declaração de Trump a quando ele disse desejar “boa sorte” a Ghislaine Maxwell, cúmplice de Epstein condenada por tráfico sexual, o que também gerou reações de incredulidade. Muitos críticos interpretaram a resposta de Trump como uma tentativa de minimizar o escândalo, reforçando a sensação de que há uma resistência à transparência oficial sobre os arquivos do caso.
Documentos e investigações em andamento
Há meses, debates públicos e políticos vêm pedindo maior abertura dos arquivos relacionados a Epstein. A administração Trump anunciou planos de liberar documentos, enquanto o Departamento de Justiça afirmou, recentemente, que não há evidências de envolvimento de clientes de Epstein, como alegaram alguns relatos anteriores. O órgão também afirmou que não há provas de irregularidades na morte do traficante — versão contestada por diferentes setores do público e do Congresso.
Segundo o The New York Times, o governo garantiu que irá divulgar alguns arquivos, e a procuradora-geral Pam Bondi declarou que a lista de clientes estaria sob análise. No entanto, até agora, poucos resultados concretos foram apresentados, alimentando a desconfiança pública acerca do que realmente aconteceu.
Impasse e perspectivas futuras
O assunto continua sendo ponto de fervor político, com apoiadores de Trump defendendo que seus comentários foram uma forma de desmistificar as acusações, enquanto opositores pede mais transparência sobre o conteúdo dos arquivos. Com a complexidade do caso e as tentativas de silenciar a discussão, o tema Epstein permanece vivo na pauta política e social.
Para o público, fica a pergunta: até que ponto as declarações públicas e as ações de figuras influentes têm impacto na verdade ou na perpetuação de segredos sobre um dos casos mais sombrios ligados ao poder e à elite mundial.
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