No próximo domingo, a partir das 6h30, a ponte Rio-Niterói se tornará palco do Desafio da Ponte, uma corrida de 21 quilômetros que retorna ao calendário após 12 anos. Organizado pela Spiridon e Dream Factory, o evento promete ser um verdadeiro desafio logístico, tanto para os participantes quanto para os organizadores, que terão o tempo cronometrado para a montagem e desmontagem da estrutura, garantindo o mínimo impacto no tráfego local.
Logística de montagens e trânsito
O gerente de produto do evento, Pedro Pereira, compartilhou que a frota necessária para a corrida será significativa. Serão 20 caminhões para transportar equipamentos e materiais necessários para o evento, que deverá voltar às atividades normais antes do meio-dia. Assim, a operação de desmontagem deve ser finalizada rapidamente para evitar transtornos para os motoristas que utilizam a ponte como principal acesso a Niterói.
A largada será dada em Niterói, na área do Caminho Niemeyer, e os corredores cruzarão a ponte até chegarem à Praça Mauá, no Rio de Janeiro, onde haverá um palco montado para shows e diversas ativações, incluindo uma área de recuperação e uma loja com produtos do evento.
A corrida contará com largadas em ondas, e a expectativa é que aproximadamente 5 mil corredores participem. Para garantir um bom desempenho e a conclusão da prova dentro da faixa de três horas estipulada, os corredores devem ter finalizado uma meia maratona em até 2h30 nos últimos dois anos.
A prova e medidas de segurança
A corrida utilizará três faixas da pista no sentido Rio, com uma delas funcionando como via de serviço, enquanto a quarta faixa continuará aberta para o tráfego. No sentido Niterói, todos os carros seguirão normalmente pelas quatro faixas. Cerca de 400 pessoas estarão envolvidas na realização do evento, cada uma com treinamento específico para garantir a segurança e o sucesso do Desafio da Ponte.
O processo de montagem terá início no sábado à noite, com a equipe dedicando-se a bloquear as faixas necessárias para a competição. No domingo, a partir das 5h, mais uma faixa será fechada para garantir a segurança dos atletas. A desmontagem começará imediatamente após a largada do último pelotão, programada para 7h10, seguindo um cronograma rigoroso para garantir a limpeza total da ponte antes da reabertura ao trânsito.
Inovações sustentáveis
Uma das novidades desta edição é o foco em sustentabilidade. Para reduzir a geração de resíduos, os organizadores substituíram copos plásticos por sachês de água ao longo do percurso. Essa iniciativa deve reduzir significativamente a quantidade de plástico gerada pelo evento, já que cada sachê consome menos plástico do que um copo convencional. Além disso, haverá pontos de troca na Arena de Chegada, onde atletas que devolverem sachês vazios poderão ganhar chaveiros-medalha como forma de incentivo ao descarte consciente.
As ações de sustentabilidade vão além do consumo de água. Haverá três barcos disponíveis para coletar qualquer resíduo que eventualmente caia na Baía de Guanabara durante a prova. Também está programada uma coleta seletiva em todas as áreas do evento, inclusive com a promoção do uso de transporte coletivo para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Os participantes receberão pulseiras coloridas que possibilitarão o uso gratuito das barcas para chegar à largada e retornar após a corrida, dependendo da cor da pulseira e do pace informado ao se inscrever. Segundo Hélio Muniz, Diretor de Comunicação da Enel, patrocinadora do evento, “queremos mostrar que grandes eventos podem e devem ser planejados com responsabilidade ambiental, criando um impacto positivo em nossa sociedade”.
Expectativas e participação
A organização do Desafio da Ponte espera que o sucesso deste evento reforce a importância de práticas sustentáveis em grandes competições. Com as adaptações realizadas, o Desafio estará pronto para acolher não apenas corredores experientes, mas também um público consciente de seu papel na preservação ambiental.
Com um compromisso claro com a sustentabilidade e um planejamento logístico que prioriza a segurança e a eficiência, o Desafio da Ponte busca não apenas ser uma corrida memorável, mas também um modelo de como eventos de grande porte podem operar de forma responsável e consciente.
