No último sábado, durante o jogo de estrelas da WNBA, jogadoras surpreenderam ao vestirem camisetas com a mensagem “Pay Us What You Owe Us” (Nos pague o que nos é devido). A ação trouxe atenção ao debate sobre os salários e a divisão de receitas na liga feminina de basquete dos Estados Unidos.
Jogadoras buscam divisão mais justa de receita na WNBA
Os uniformes chamaram a atenção após a reunião frustrada entre a Associação de Jogadoras da WNBA e a liga na semana passada. Napheesa Collier, do Minnesota Lynx, declarou: “Recebemos uma porcentagem muito pequena de tudo o que é feito na WNBA, que é gerado através do entretenimento que proporcionamos”.
Segundo ela, o objetivo é obter uma fatia mais proporcional da receita para reconhecer o valor das atletas na liga. “Queremos uma porcentagem justa e razoável dessa arrecadação”, afirmou.
Disputa salarial e divisão de receita na WNBA
Atualmente, as jogadoras recebem entre US$66 mil e US$250 mil por temporada, conforme dados do Sports Illustrated. Em comparação, o salário médio da NBA para a temporada de 2024-2025 é de cerca de US$11,9 milhões.
No entanto, um ponto central do movimento é a parcela de receita que as atletas recebem. Enquanto a NBA e a NFL dividam aproximadamente 50% dos lucros, a WNBA possui uma divisão de cerca de 9,3%, mesmo após melhorias nos negócios recentes, como um contrato de TV lucrativo que potencialmente elevará a receita da liga.
Reivindicações por maior participação na receita
Jogadoras, incluindo Breanna Stewart, do New York Liberty, que também atua como vice-presidente do sindicato, afirmam que a divisão deve refletir o crescimento do produto. “Se essa é a proposta com o acordo de TV, a conta precisa fazer sentido também do lado de lá”, afirmou Stewart.
Apesar do conteúdo das camisetas gerar críticas nas redes sociais, muitas jogadoras defendem que a mensagem é um aviso sobre a necessidade de reconhecimento e valorização financeira do esporte feminino. Caitlin Clark, estrela do Indiana Fever, reforçou a importância de aumentar os salários conforme a liga cresce: “Devemos ser pagas mais, e espero que isso aconteça à medida que a WNBA se expande”.
Próximos passos na luta por melhores condições
A Liga Feminina de Basquete ainda negocia uma nova Convenção Coletiva de Trabalho (CBA), com a expectativa de avanços nas próximas semanas. Assim, as jogadoras continuam unidas na busca por uma divisão mais equitativa dos lucros.
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