Brasil, 28 de julho de 2025
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Brasil mantém abertura ao diálogo após tarifas dos EUA, diz MDIC

Governo brasileiro reforça disposição de negociação, mesmo com tarifas de até 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações nacionais

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) afirmou nesta terça-feira (28) que o Brasil continua aberto ao diálogo com os Estados Unidos após a implementação de tarifas comerciais que atingem até 50% de impostos sobre produtos nacionais. Apesar da postura de negociações, o ministério reforçou que a soberania do país e o estado democrático de direito são inegociáveis.

Tarifas impostas pelos EUA e posicionamento do Brasil

Segundo o MDIC, as tarifas entraram em vigor no dia 1º de agosto, conforme anunciado pelo secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, que garantiu que as taxas seriam aplicadas sem prorrogações ou períodos de carência. Além do Brasil, Canadá, México e Coreia do Sul também foram afetados, mas com alíquotas menores, variando de 25% a 35%. O Brasil, no entanto, é o país mais impactado com uma tarifa de 50%.

Os motivos alegados pelos norte-americanos para a adoção das tarifas envolvem justificativas políticas e econômicas. Em carta enviada ao presidente Lula, Donald Trump afirmou que a relação comercial com o Brasil é injusta e não recíproca, citando também a censura às redes sociais dos EUA e defendendo Jair Bolsonaro, seu ex-inimigo político. Apesar disso, o governo brasileiro destaca seu superávit na balança comercial com os Estados Unidos, que já supera US$ 88 bilhões desde 2009.

Compromisso do Brasil com o diálogo comercial

Desde o anúncio das tarifas unilaterais, o Brasil busca manter uma postura de diálogo e negociação, alinhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nota oficial do MDIC reforça que, embora o país esteja disposto a discutir questões comerciais, não abrirá mão de sua soberania ou do estado democrático de direito.

“Reiteramos que a soberania do Brasil e o estado democrático de direito são inegociáveis”, afirmou o ministério, destacando o esforço de preservar e fortalecer a relação histórica com os Estados Unidos. A parceria bilateral é descrita como uma relação “de alto nível e há mais de 200 anos”.

Perspectivas e próximos passos

O governo brasileiro continuará buscando alternativas de diálogo, mesmo com as tarifas em vigor, visando garantir a estabilidade das relações econômicas. Analistas do setor ressaltam a importância de uma resolução diplomática que preserve os laços comerciais e políticos entre as duas maiores economias do continente.

A expectativa do Brasil é de que as negociações possam evoluir para uma solução que minimize os impactos das tarifas sobre as exportações nacionais, refletindo a relevância da relação bilateral mantida ao longo de duas décadas.

Para mais detalhes, acesse a nota oficial do MDIC.

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