Brasil, 28 de julho de 2025
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Banco Central deve manter a Selic em 15% nesta semana, aponta mercado

Expectativa é que o Comitê de Política Monetária mantenha a taxa básica de juros, diante de cenário de inflação resistente e incertezas externas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano na reunião desta semana, segundo a maioria das expectativas do mercado financeiro. A decisão acontece após o aumento de 0,25 ponto percentual em junho, elevando a taxa ao maior nível desde julho de 2006, e reflete a cautela do órgão diante de um cenário de inflação persistente e incertezas globais.

Perspectivas para a política de juros

O BC sinalizou nos últimos comunicados a intenção de interromper o ciclo de alta e manter os juros em patamar elevado por um período prolongado. “A política monetária continuará a ser conduzida com foco na convergência da inflação à meta de 3% ao ano”, afirmou o presidente do Banco Central, em nota oficial. A expectativa do mercado é que essa estabilidade seja mantida até o fim de 2026, com a inflação prevista para se aproximar da meta apenas na segunda metade do próximo ano.

Fatores internos e externos influenciando as decisões

Internamente, o ambiente econômico brasileiro permanece aquecido, com o mercado de trabalho robusto e crédito ainda forte, fatores que contribuem para a inflação resistente. Além disso, a previsão do BC indica que a inflação deve ficar acima da meta até o fim de 2026, mesmo com a alta dos juros.

No cenário externo, as incertezas vêm do aumento das tarifas comerciais dos Estados Unidos, que podem impactar as exportações brasileiras e a competitividade do país. Segundo analistas, as tarifas, que atingiram o aumento de até 50% recentemente, dificultam a apreciação do real e elevam o risco de uma desaceleração econômica mais acentuada, o que pode influenciar uma futura redução da taxa de juros.

Impactos da política tarifária e novos desafios

Para o Itaú, a decisão do BC reflete uma avaliação de que, apesar da inflação ainda estar acima da meta, os efeitos defasados da política monetária continuam atuando e que a crescente escalada tarifária nos Estados Unidos reduz o espaço para uma apreciação do real. “A efetivação das tarifas recentemente anunciadas pelo governo americano limita a possibilidade de corte de juros, pois aumenta o risco de uma desaceleração econômica mais severa”, destaca relatório do banco.

Reações e expectativas do mercado

O mercado financeiro reforça a expectativa de continuidade na manutenção da taxa de juros, mesmo considerando a possibilidade de mudanças futuras dependendo da evolução da inflação e do cenário externo. Analistas avaliam que o Banco Central adotará uma postura de cautela, reiterando a necessidade de observar os efeitos defasados da política monetária, especialmente em momento de ameaça de maior turbulência comercial internacional.

Segundo pesquisados, a estratégia do BC pode incluir, futuramente, orientações de esperar por dados adicionais antes de ajustar a política de juros, o que reforça o discurso de prudência do órgão diante das incertezas econômicas globais e locais.

Mais detalhes sobre a decisão do BC podem ser acompanhados em Fonte.

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