A Argentina oficializou nesta segunda-feira (28) o pedido de ingresso no Visa Waiver Program (VWP), que permite aos cidadãos de países beneficiados viajar aos Estados Unidos sem necessidade de visto por até 90 dias, a trabalho ou turismo. A solicitação foi feita durante visita a Buenos Aires da secretária do Departamento de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, que se reuniu com o presidente argentino, Javier Milei.
Reunião com Milei e o fortalecimento da parceria com os EUA
O presidente argentino, Javier Milei, aliado do presidente Donald Trump, recebeu a secretária dos EUA na Casa Rosada, onde discutiram a proposta de inclusão da Argentina no programa de isenção de vistos. O anúncio ocorre em um momento em que Buenos Aires busca aprofundar a relação com Washington, enquanto o Brasil permanece em um cenário de tensões comerciais.
Impacto da inclusão no Visa Waiver Program
Segundo a Presidência argentina, a inclusão no VWP colocaria a Argentina em um “seleto grupo de países com esse privilégio”. Ainda não há uma previsão definitiva para que o país seja oficialmente na lista, sendo que o Chile é o único integrante latino-americano atualmente no programa.
Contexto político e econômico
Desde a mudança de liderança na Argentina, sob a gestão de Milei, o país tem buscado alinhar-se mais estreitamente aos EUA. “A Argentina está se tornando um aliado ainda mais sólido de Washington, especialmente na questão da segurança fronteiriça”, afirmou Kristi Noem.
Enquanto isso, o Brasil permanece na mira de tarifas mais altas e possíveis sanções comerciais. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, já manifestou que o país continuará negociando as tarifas de Donald Trump, que chegaram a ameaçar sobretaxas de 50% sobre exportações brasileiras.
Perspectivas e desafios
O governo argentino avalia que o processo de inclusão no programa pode levar até um ano, conforme declarou Kristi Noem. “É muito difícil que seja implementado em menos de um ano”, afirmou a secretária após visitar uma base militar nos arredores de Buenos Aires.
Enquanto isso, o país mantém uma postura de maior aproximação com Washington, alinhada à gestão atual, que considera Trump um aliado “natural e estratégico”. Anualmente, aproximadamente 1,2 milhão de argentinos viajam para os EUA, reforçando o potencial impacto do programa.
A retomada do benefício, que foi cancelado em 2002 após uma crise econômica, representaria uma ampliação das facilidades para argentinos visitarem o país norte-americano, além de consolidar a relação bilateral no cenário global.
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