Brasil, 27 de julho de 2025
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Representantes da UE se reúnem com governo Lula antes do tarifaço

O governo Lula se encontra com autoridades europeias em Brasília para discutir o acordo Mercosul-União Europeia e desafios econômicos.

Na próxima semana, o governo do presidente Lula dará início a uma série de reuniões com representantes do Conselho Europeu em Brasília, no intuito de discutir o acordado Mercosul-União Europeia. As reuniões estão agendadas para os dias 29 e 30 de julho, em um momento crítico, já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre o Brasil, que entrará em vigor em 1º de agosto.

Reuniões organizadas pelo Conselhão

Os encontros, que serão realizados no Itamaraty, são organizados pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável (CDESS), conhecido como “Conselhão”, que faz parte da administração do governo Lula. Na outra ponta, a delegação europeia é composta por membros do Comitê Econômico e Social Europeu, um órgão consultivo da União Europeia.

As pautas das discussões incluem questões cruciais, como o andamento do acordo entre Mercosul e União Europeia, bem como temas contemporâneos, como trabalho digital, democracia e desinformação. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, terá a tarefa de abrir os trabalhos ao lado do presidente do Comitê Europeu, Oliver Röpke.

Participação de líderes e gestores no debate

O evento contará com a presença da embaixadora Maria Laura da Rocha, Secretária-Geral das Relações Exteriores do Itamaraty, e Olavo Noleto, secretário-executivo do Conselhão, que irá mediar as discussões entre 12 conselheiros europeus e 12 brasileiros, além da embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf.

Espera-se também a confirmação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que vem liderando as negociações entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente em relação ao impacto do tarifaço de Trump nas relações comerciais.

A importância do acordo Mercosul-União Europeia

O acordo Mercosul-União Europeia é considerado uma saída viável para minimizar os efeitos do tarifaço americano, que atinge diversos países. Em abril, ainda na primeira onda de tarifas estabelecidas por Trump, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se mostrou otimista, afirmando que a implementação do acordo poderia ser acelerada devido às novas tarifas impostas.

Recentemente, o Brasil assumiu a presidência do Mercosul, e um dos principais desafios do presidente Lula será avançar nas negociações com a União Europeia. O petista realizou uma visita à Europa onde se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, para discutir formas de acelerar esse processo. A França se apresenta como um dos principais obstáculos para a finalização desse acordo.

Tarifaço anunciado por Trump: impacto e consequências

O presidente Donald Trump confirmou, no último domingo, que o tarifaço começará a ser aplicado a partir de 1º de agosto, afetando diretamente o Brasil. Durante uma coletiva de imprensa ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump enfatizou que as tarifas serão impostas sem prorrogações, evidenciando a urgência das discussões que ocorrerão em Brasília.

Antes do anúncio presidencial, o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, já havia descartado qualquer possibilidade de adiamento das tarifas, destacando que as alfândegas começarão a coletar as taxas imediatamente, sugerindo uma pressão adicional sobre a economia brasileira e Latino-americana.

Este cenário desafiador coloca o governo Lula em uma posição delicada, onde a busca por um acordo com a União Europeia pode trazer alívio para a economia nacional, ao mesmo tempo em que a administração lida com a pressão das políticas comerciais dos EUA e suas repercussões no Brasil.

A interação entre os representantes brasileiros e europeus nas próximas semanas será crucial para determinar os próximos passos nas relações comerciais internacionais do Brasil, além de avaliar as possíveis soluções para os desafios impostos pelo tarifaço que se aproxima.

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