Brasil, 27 de julho de 2025
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Navio de pesquisa chinês detectado na costa do Alasca

O navio de pesquisa Xue Long 2 foi avistado a cerca de 290 milhas náuticas ao norte de Utqiagvik, despertando preocupações sobre atividades estrangeiras.

Um navio de pesquisa com bandeira da China foi detectado na sexta-feira, 25 de julho, ao largo da costa do Alasca, de acordo com informações divulgadas pela Guarda Costeira dos Estados Unidos. O Xue Long 2, que é um quebra-gelo operado pelo Instituto de Pesquisa Polar da China, foi avistado a cerca de 290 milhas náuticas ao norte de Utqiagvik, na região do Ártico da América do Norte.

Detecção e monitoramento do navio

A Guarda Costeira americana informou que o navio estava em uma área chamada de Plataforma Continental Estendida (PCE), que se estende além das 200 milhas náuticas da costa. O Xue Long 2 foi identificado como estando a 130 milhas náuticas dentro dessa área, na qual os EUA têm direitos exclusivos para conservar e gerir os recursos vivos e não vivos.

Um C-130J Hercules da Guarda Costeira, um avião de patrulha de longo alcance, foi enviado para responder ao avistamento do navio. Em comunicado, o almirante Bob Little, comandante do Distrito Ártico da Guarda Costeira dos EUA, destacou a vigilância contínua sobre atividades de embarcações estrangeiras na água americana: “A Guarda Costeira dos EUA, juntamente com parceiros e outras agências, monitora de forma vigilante e responde à atividade de embarcações de governos estrangeiros em águas dos EUA para garantir a integridade territorial e defender interesses soberanos.”

Respostas internacionais e possíveis tensões

Após o avistamento do Xue Long 2, a emissora canadense CBC News relatou que o exército canadense estava monitorando os movimentos do navio na região ártica. Segundo o porta-voz do centro de operações conjuntas da Força Aérea canadense, o tenente-coronel Alexander Naraine, o navio “não está atualmente em águas territoriais canadenses”. O exército canadense utilizou um avião Lockheed CP-140 Aurora baseado no Alasca para monitorar de perto as atividades do navio chinês.

Além disso, várias aeronaves militares russas foram avistadas nas proximidades da costa do Alasca, gerando ainda mais preocupações sobre a segurança nacional na região. Essas aeronaves apresentaram um comportamento semelhante, voando através de uma área de espaço aéreo internacional conhecida como Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca (ADIZ).

Historicamente, a ADIZ é vista como uma área onde a identificação de todas as aeronaves é necessária para segurança nacional, mesmo que tecnicamente pertença a um espaço aéreo internacional. Em incidentes anteriores, jatos de combate americanos e canadenses foram acionados para interceptar aeronaves russas no Ártico, mas essas aeronaves sempre permaneceram em espaço aéreo internacional.

Implicações para a segurança nacional

Com a crescente atividade de navios chineses e aeronaves russas na região, os Estados Unidos e seus aliados estão cada vez mais preocupados com as potenciais intenções estratégicas dessas ações. Especialistas em segurança estão alertando que a presença de navios de pesquisa, como o Xue Long 2, pode ter implicações significativas para a exploração de recursos e para a defesa do território na região ártica.

Essa situação é parte de um padrão mais amplo de tensões geopolíticas no Ártico, onde países como a China e a Rússia estão expandindo suas influências em áreas ricas em recursos naturais. A competição por esses recursos e a construção de infraestrutura militar na região estão levando a uma intensificação do monitoramento e da vigilância por parte dos motores de defesa dos EUA e Canadá.

A Guarda Costeira dos EUA continua a enfatizar seu compromisso em proteger os interesses dos Estados Unidos na região. À medida que mais atividades de pesquisa e exploração começam a ocorrer no Ártico, a vigilância e a defesa desses direitos exclusivos se tornam não apenas vitais, mas essenciais para a soberania e segurança do país.

Com essa crescente vigilância e monitoramento internacional, a comunidade global observa atentamente como essas dinâmicas se desenrolarão, especialmente em um espaço onde as fronteiras e interesses se cruzam frequentemente, e onde a cooperação e a rivalidade coexistem.

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