A atriz e ativista Laverne Cox usou suas redes sociais para defender seu relacionamento de quatro anos com um policial da cidade de Nova York, que vota na direita e apoia o movimento “MAGA”. Cox, conhecida por suas posições antifascistas e críticas ao governo Trump, revelou que seu ex-namorado, um policial com perfil conservador, foi parte importante de sua vida durante a pandemia.
Relacionamento e diferenças políticas sob reflexão
Durante uma apresentação no City Winery, Cox explicou que o relacionamento começou em 2020 e que, na época do Tinder, ela não sabia das inclinações políticas do parceiro. “Nós só conversávamos, ele tinha me dito que trabalhava com outra coisa”, afirmou. Ela ressaltou que, apesar das diferenças, a conexão foi baseada em qualidades humanas e na admiração mútua.
Em sua postagem no Instagram, ela comentou que enfrentou críticas ao falar de seu relacionamento, sobretudo por parte de setores mais ativistas. “Não vou ficar me apaixonando por superficialidades. Eu amei o que tínhamos de bom, seu coração e suas qualidades”, disse Cox. Ela criticou quem tenta desumanizar pessoas com opiniões políticas diferentes, reforçando seu compromisso com a luta contra o fascismo.
Políticas pessoais e valores
Cox também destacou que se identificava como independente até 2020, quando se registrou como democrata para votar em Bernie Sanders nas primárias. Ela afirmou que nunca votou em Donald Trump e que seu ex-namorado, apesar de votar pelo então presidente, não a dehumanizava.
Ela explicou que, durante o relacionamento, pouco discutiram temas trans e política; ela preferia focar na relação pessoal e na vida cotidiana. “Ele foi surpreendido ao saber que Trump tentaria tirar direitos de pessoas trans, mas isso não o definia totalmente como pessoa”, afirmou Cox.
Contexto contemporâneo e desafios
Para Cox, o relacionamento reforça seu entendimento de que o amor e o diálogo podem existir mesmo entre pessoas com visões opostas. “Hoje, a política está mais carregada, e é importante desenhar limites claros. Nosso combate é por nossas vidas”, afirmou, referindo-se às questões atuais relacionadas à administração Biden e aos direitos das pessoas LGBTQIA+.
Ela também reforçou que sua posição é de luta contra o fascismo e de que não compactua com ideologias que desumanizam grupos vulneráveis. “Meu relacionamento não mudou minhas convicções. Meu compromisso é com a esquerda e com a defesa dos direitos civis”, concluiu Cox.
Mais detalhes na entrevista
Para quem deseja entender melhor sua experiência, Cox disponibilizou um vídeo de quase 55 minutos no Instagram, onde aborda suas trajetórias e aprendizados pessoais. O relato é considerado uma reflexão importante sobre o amor, política e aceitação na sociedade contemporânea.
