Depois de décadas ouvindo falar, finalmente assisti a “Jaws” pela primeira vez, em meio às comemorações de 50 anos do lançamento. O filme, dirigido por Steven Spielberg, foi lançado em 1975 e se tornou o primeiro grande sucesso de bilheteria do verão, além de marcar o início dos blockbusters modernos.
Minha reação ao clássico de Spielberg com um toque de humor
Desde o início, a trilha sonora icônica de John Williams me deixou tensa, e logo percebi que estou longe de ser uma apporter para esse tipo de suspense. A cena da moça no mar durante a noite, sozinha e desprevenida, reforçou minha impressão de que o oceano só serve de cenário para problemas.
Confesso que, com todas as cenas de ataque do “Bruce” — o nome dado ao tubarão na produção — minha vontade é ficar longe da água. Quem pode esquecer do mastodôntico tubarão se aproximando lentamente, enquanto a música de tensão aumenta? Ainda bem que Spielberg sabia criar uma atmosfera de medo psicológico, mesmo com efeitos especiais que hoje parecem datados.
Personagens marcantes que fortalecem o suspense em “Jaws”
Martin Brody, o policial relutante
Martin Brody, interpretado brilhantemente por Roy Scheider, é o herói relutante que tenta proteger sua cidade, embora tenha medo de água. Sua luta interna entre o dever e o medo é algo com que me identifiquei bastante — afinal, quem gosta de nadar na vida real? “Drowning”, como ele mesmo descreve, é uma fobia que ele enfrenta durante toda a trama.
Matt Hooper, o biólogo confiante
Matt Hooper, interpretado por Richard Dreyfuss, entra na história como o especialista em tubarões. Sua postura encorajadora e conhecimento técnico contrabalam a insegurança de Brody. A cena em que ele explica que o “bite radius” das feridas é diferente indica que há mais de um animal na água, deixando o suspense ainda mais intenso. Queria que ele fosse meu amigo na vida real!
O caos na busca pelo tubarão
Apesar do progressivo aumento da tensão, as ações dos personagens nem sempre parecem sensatas — como a ideia de levar cães a bordo enquanto a criatura está à solta ou a introdução de personagens questionáveis, como o capitão Quint, que tem uma conexão sombria com o mar devido ao seu passado na USS Indianapolis.
As cenas de caça ao tubarão no mar, com o famoso “You’re gonna need a bigger boat”, são lendárias e mostram um Spielberg no auge da criatividade. Ainda assim, assistir a uma filmagem real em alto mar, com tubarão de verdade, seria impossível nos dias atuais por questões de segurança, mas na época deu um real sentido de perigo.
O impacto emocional e o clímax inesquecível
Quando Quint, Brody e Hooper finalmente se confrontam com “Bruce”, o tremor na água e a luta desesperada pelo controle da jangada me fizeram perceber por que esse filme é considerado um clássico. A morte dramática de Quint, com a explosão do tanque de oxigênio, foi um momento que abalou o cinema de suspense — e, sinceramente, acho que até o tubarão ficou um pouco assustado com essa cena!
Ao final, Brody consegue vencer o tubarão com uma solução engenhosa e bastante dramática, provando que, apesar do medo, o herói sempre encontra uma maneira de salvar o dia. E, mesmo com o medo do mar reforçado, não tenho dúvidas de que “Jaws” é uma obra que redefine o gênero de suspense e terror aquático.
Reflexões finais e meu conselho
Assistir a “Jaws” me deixou com uma mistura de admiração pelo filme e um desejo de evitar o oceano por um bom tempo. Ainda que a história seja ficcional, ela traz uma mensagem poderosa: o medo do desconhecido, somado ao risco real de perigos na água, é uma combinação que faz qualquer um pensar duas vezes antes de dar um mergulho.
Se você ainda não viu este clássico, prepare sua pipoca, coloque o coração à prova e se divirta com a melhor obra de Spielberg. Mas, se for como eu, talvez seja melhor ficar na terra firme mesmo!
Quer saber mais sobre os bastidores de “Jaws”? Leia a matéria completa no site da Variety ou descubra qual o melhor tubarão em filmes acessando o retrato do filme com detalhes divertidos.