A representante democrata Jasmine Crockett (D-Texas) fez uma alegação bombástica contra Donald Trump, acusando o ex-presidente de estar destruindo provas relacionadas ao caso Jeffrey Epstein. Crockett afirmou que há indícios de que o mandatário estaria manipulando ou eliminando documentos, especialmente após denúncias que envolvem seu passado com Epstein.
Acusações de Crockett sobre possíveis destruições de provas
Durante uma entrevista breve com o influenciador digital Russell Ellis, conhecido como Jolly Good Ginger, Crockett comentou que há sinais de que o governo de Trump estaria apagando evidências antes que possam vir a público. A parlamentar disse: “Eles podem ainda estar falando sobre isso em setembro, quando retornarmos ao plenário, mas, de ‘está no meu desk’, para ‘não existe’, eles podem estar destruindo provas. Sabemos que ele não está acima disso”, afirmou.
Ela reforçou que essa suposta conduta de apagar evidências não é uma novidade, apontando para ações passadas, como a tentativa de esconder documentos classificados na busca ao condomínio Mar-a-Lago, em 2022. “Todo mundo lembra dos documentos secretos que ele decidiu esconder no banheiro, naquele palco estranho em Mar-a-Lago. O que ele fez? Decidiu destruir provas”, opinou Crockett.
Reforço na controvérsia sobre os arquivos de Epstein
Análises recentes revelam que Trump e o Departamento de Justiça enfrentam críticas por sua gestão dos arquivos relacionados a Epstein. Após um memorando do FBI e do Departamento de Justiça indicar que a morte de Epstein, em 2019, foi um suicídio, Trump foi questionado por sua relação com o milionário. Uma declaração de fevereiro, de sua então advogada Pam Bondi, indicando que uma lista de clientes de Epstein estaria “sobre sua mesa”, colocou o tema ainda mais em evidência.
O Congresso tentou, sem sucesso, obter acesso total aos arquivos públicos do caso Epstein. O presidente da Câmara, Mike Johnson (R-LA), decidiu interromper as sessões por cinco semanas, supostamente para impedir uma votação que tornaria alguns documentos acessíveis ao público. A decisão foi duramente criticada por democratas e opositores, que acreditam que há uma tentativa de encobrir informações importantes.
Supostas tentativas de obstrução e ligações com Ghislaine Maxwell
Outra acusação feita por Crockett aponta que há uma estratégia para impedir a transparência, incluindo contatos com Ghislaine Maxwell, condenada a 20 anos por seu envolvimento no esquema de abuso sexual de Epstein. Segundo ela, “’Compre um mês para destruir tudo e então podemos liberar’, zombou Crockett, referindo-se aos movimentos do governo para adiar a liberação de informações.
Ela também criticou o fato de o governo ter se recusado a liberar o conteúdo completo das transcrições do júri de Epstein e de tentar fazer contato com Maxwell, tentando manipular a narrativa no caso. “Nada disso parece algo completamente transparente”, comentou Crockett.
Reações e o clima político atual
As acusações de Crockett aumentam a tensão no debate político sobre a administração Trump e sua relação com o caso Epstein. Parte da opinião pública, especialmente eleitores críticos ao ex-presidente, tem visto essas declarações como uma evidência de possível encobrimento de informações que poderiam comprometer Trump ainda mais perante a opinião pública.
Com as próximas sessões do Congresso marcadas para setembro, a discussão sobre os arquivos e a transparência deve ganhar ainda mais força, colocando em pauta questões sobre a integridade do governo e a proteção de evidências importantes.
Este artigo foi originalmente divulgado pelo HuffPost.