No último domingo, o St. Jakob-Park, em Basileia, foi o cenário de uma final épica da Eurocopa feminina, onde a Inglaterra e a Espanha se enfrentaram em um jogo que superou todas as expectativas. Ambas as equipes, consideradas favoritas ao título, apresentaram um espetáculo de futebol ofensivo e intensa rivalidade ao longo de toda a partida, culminando em uma emocionante disputa de pênaltis. No final, a Inglaterra levou a melhor, garantindo o bicampeonato com uma vitória por 3 a 2 nas cobranças.
A rivalidade em campo
Este confronto marcou uma final inédita, reunindo a atual campeã do mundo, Espanha, com a última vencedora do torneio, Inglaterra. As inglesas entraram em campo em busca de revanche após a derrota para as espanholas na Finalíssima de 2023, quando as ibéricas venceram por 4 a 2. Desde o apito inicial, o jogo foi repleto de emoção, com ambas as equipes buscando o ataque a cada oportunidade. A estratégia dos dois lados, embora similar na intensidade, diferia nas abordagens: a Inglaterra apostava na pressa e na recuperação rápida da bola, enquanto a Espanha trocava passes com precisão para desmontar a defesa adversária.
Primeiro tempo marcado pela eficiência espanhola
Logo no início, as goleiras se destacaram, especialmente a inglesa Hampton, que fez uma defesa crucial contra a atacante espanhola González, a mantendo no jogo. A Espanha conseguiu explorar as fraquezas nas laterais inglesas, e após uma série de jogadas bem executadas, a equipe conseguiu abrir o placar aos 25 minutos. Um cruzamento preciso de Batle foi convertido por Caldentey, que não desperdiçou a chance, colocando a Espanha na frente.
Com a liderança, a Espanha aumentou a pressão, criando várias oportunidades, mas a falta de precisão nas finalizações impediu que ampliasssem a vantagem. Por outro lado, a Inglaterra também tinha suas chances, mas as jogadoras precisaram ajustar a qualidade de suas investidas, pois a defesa espanhola se mostrou sólida. Quando o primeiro tempo se aproximava do fim, a atacante Lauren James viu que não estava em forma ideal e pediu substituição, permitindo a entrada de Chloe Kelly, que se tornaria a protagonista da virada.
A virada da Inglaterra
No segundo tempo, a entrada de Chloe Kelly trouxe uma nova dinâmica ao jogo. A Inglaterra recuperou a confiança após o empate, marcado por Russo logo aos 11 minutos, que ajeitou uma jogada pela esquerda com Kelly e igualou a partida. Este gol revitalizou o time e fez as inglesas voltarem a controlar o jogo, equilibrando as ações e intensificando as trocas de passes.
Entretanto, as equipes patinaram na hora de finalizar. O jogo se estendeu até a prorrogação, onde a intensidade do jogo começou a refletir nos esforços de ambas as equipes. A Inglaterra tentou ações rápidas, mas parecia que o cansaço começava a fazer efeito.
Decisão nos pênaltis
Após um período sem gols na prorrogação, a decisão foi para os pênaltis, onde a tensão alcançou seu ápice. Cata Coll, goleira da Espanha, fez defesas cruciais, mas não conseguiu impedir todas as cobranças da Inglaterra. A sequência de cobranças começou com um erro inglês, mas a equipe se reagroupou e se manteve forte, convertendo as cobranças seguintes.
A Espanha também cometeu falhas em suas finalizações, e após uma série de cobranças emocionantes, a Inglaterra saiu vitoriosa com o gol decisivo de Chloe Kelly, confirmando o bicampeonato. Os dois gols de Caldentey e Gonzalez não foram o suficiente para levar a Espanha à vitória, e a Inglaterra comemorou uma vitória que marca uma nova era no futebol feminino.
Este resultado não só garante o título à Inglaterra, mas também solidifica a posição do futebol feminino na Europa, mostrando que a competição está mais forte e emocionalmente carregada do que nunca.