O caso de Elizabete Arrabaça, de 68 anos, tem ganhado destaque na mídia brasileira, após sua acusação pelo assassinato da nora, Larissa Rodrigues, e suspeitas envolvendo a morte da filha, Nathália Garnica. Acusada de feminicídio qualificado, Elizabete pode enfrentar penas de até 40 anos por cada crime, no caso de condenação. O processo já se tornou uma ação penal, mas investigações sobre a morte de Nathália ainda estão em andamento.
Cronologia dos eventos
No dia 3 de julho, a Justiça declarou Elizabete ré pela morte de Larissa e a justiça a qualificou como responsável pelo crime. As acusações incluem motivos torpes, meio cruel de execução e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O advogado de defesa, Daniel Pacheco, destacou que o caso pode ter um desfecho rápido, uma vez que Elizabete é idosa, o que pode acelerar o trâmite processual.
O artigo 71 da Lei nº 10.741/2003, também conhecido como Estatuto do Idoso, garante prioridade na tramitação de processos judiciais envolvendo pessoas com 60 anos ou mais. Isso poderia levar a um julgamento mais célere para Elizabete, que atualmente enfrenta um processo grave, com penas que podem facilmente ultrapassar a barreira dos 40 anos, a máxima permitida por lei no Brasil.
O advogado explicou ainda que a pena pelo feminicídio varia de 20 a 40 anos, podendo ser aumentada devido a qualificadoras. No caso de Elizabete, espera-se que a pena se situe entre 27 e 60 anos, com a possibilidade real de cumprir no máximo 40 anos.
Investigação das mortes
Enquanto o caso de Larissa avança, a morte de Nathália ainda está sob investigação. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que um laudo toxicológico revelou a presença de carbofurano no organismo de Nathália, e outros elementos estão sendo analisados. Esses dados podem ser cruciais para determinar se Elizabete teve envolvimento em sua morte.
A defesa de Elizabete sustenta que ela é inocente nos dois casos e que a presunção de inocência deve ser garantida. O advogado declarou que a prioridade é garantir que Elizabete seja julgada justamente e que provas concretas sejam apresentadas, evidenciando a falta de envolvimento da idosa nos crimes.
Consequências legais e prescrição
De acordo com o Código Penal Brasileiro, existem circunstâncias que podem atenuar a pena de um réu. Se Elizabete for condenada e a sentença ocorrer após 2027, ela poderá ter sua pena reduzida, considerando sua idade. Contudo, a atenuação não necessariamente garantirá uma redução significativa. Além disso, os prazos de prescrição dos crimes são reduzidos pela metade caso o réu tenha mais de 70 anos na data da sentença.
Entretanto, especialistas acreditam que é pouco provável que a prescrição ocorra no caso de Elizabete, devido à natureza complexa e à gravidade das acusações. A expectativa é que a investigação continue a revelar mais evidências, o que pode complicar ainda mais a situação legal da acusada.
Novas investigações e possíveis ligações
Recentemente, novas questões surgiram em relação a Elizabete, incluindo uma investigação por suspeita de envenenamento de uma amiga de longa data, que morreu há nove anos. O delegado ligado ao caso afirmou que novos depoimentos têm emergido a partir das investigações das mortes de Larissa e Nathália, indicando uma possível série de crimes não resolvidos atribuídos à idosa.
A polícia investiga indícios de que Elizabete pode ter cometido atos violentos ao longo de sua vida, com possíveis motivações relacionadas a dinheiro e conflitos pessoais. Esses fatores estão sendo analisados em conjunto com as mortes confirmadas, aumentando a percepção de uma trajetória criminal mais ampla.
A comunidade local, acompanhando o caso, expressa preocupação e curiosidade em como as investigações se desenvolverão e quais será os efeitos nas famílias envolvidas.
À medida que o caso avança, a busca por justiça permanece viva, com ansiosos cidadãos e autoridades aguardando esclarecimentos que possam trazer mais luz a essa trágica sequência de eventos. A cobertura e a análise contínuas são essenciais para garantir que os direitos de todos os envolvidos sejam respeitados e que a verdade prevaleça.
Para mais atualizações sobre este e outros casos na região, continue acompanhando nossas reportagens.