Brasil, 27 de julho de 2025
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Eduardo Bolsonaro critica Tarcísio e Ratinho Jr. em meio a tarifaço

Deputado retoma ataques a governadores após anúncio de tarifas altas dos EUA, relembrando a importância de Bolsonaro nas relações bilaterais.

No cenário político brasileiro, um novo capítulo se desenrola em meio às tensões provocadas pela decisão dos Estados Unidos de elevar tarifas sobre produtos brasileiros. O deputado Eduardo Bolsonaro, que representou o Brasil em diversas ocasiões, voltou a criticar abertamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o governador do Paraná, Ratinho Jr., por suas últimas declarações e posturas que, segundo ele, ignoram a relevância do ex-presidente Jair Bolsonaro nas relações comerciais entre os países.

A polêmica do tarifaço dos EUA

Recentemente, a administração Biden anunciou um aumento significativo nas tarifas sobre produtos importados do Brasil, o que potencialmente pode resultar na perda de milhares de empregos e possibilidade de exacerbação de crises econômicas. Em resposta, Tarcísio de Freitas expressou preocupação em sua palestra, alegando que o tarifaço poderia provocar a eliminação de até 120 mil empregos em São Paulo. Ele destacou que a questão deveria ser tratada por “adultos” para evitar danos futuros ao Brasil.

O deputado, por sua vez, não hesitou em responder diretamente ao governador, relembrando os esforços de Donald Trump em manter uma relação benéfica com o Brasil e ressaltando a firma posição do ex-presidente contra o que considera uma “perseguição política” a Bolsonaro. “Desculpe-me governador, mas ignorar esses fatos não vai solucionar o problema, vai apenas prolongá-lo ao custo do sofrimento de vários brasileiros”, destacou Eduardo em sua conta na rede social X, provocando uma forte reação.

Críticas internas e apoio à anistia

As críticas de Eduardo Bolsonaro não se restringem a Tarcísio. Ele também criticou Ratinho Jr. por não fazer uma defesa mais contundente em favor da anistia ao ex-presidente Bolsonaro. Durante o mesmo evento onde fez seus comentários, o governador do Paraná foi alvo de elogios por sua posição, mas Eduardo acredita que sua postura pode ser prejudicial. O ex-presidente, segundo ele, não deve ser ofuscado nas discussões que envolvem a economia do país e o comércio exterior.

O embate com aliados

Nas últimas semanas, a relação familiar e política entre Eduardo e outros representantes do governo, antes considerados aliados, como os senadores Marcos Pontes e Tereza Cristina, também se deteriorou. Eduardo não hesitou em expor suas insatisfações, chamando-os de “traidores da pátria” por participarem de discussões com os EUA sobre o tarifaço, o que, segundo ele, seria um desrespeito a Bolsonaro e à sua administração.

Marcos Pontes respondeu às críticas, afirmando que sua atuação nos EUA visa “defender os empregos paulistas e dos demais brasileiros”, além de promover um diálogo construtivo entre os parlamentos. Tereza Cristina também se manifestou, reiterando sua responsabilidade em proteger os interesses produtivos brasileiros durante suas reuniões no exterior.

Tensões políticas e o futuro

A troca de farpas entre Eduardo e Tarcísio reflete as divisões internas do partido e a luta pelo controle narrativo dentro do campo político. Em um momento em que a economia brasileira enfrenta desafios significativos, a necessidade de uma frente unida é mais importante do que nunca. No entanto, a falta de diálogo e a existência de rivalidades internas podem dificultar a busca por soluções eficazes em relação ao tarifaço e suas implicações para a economia nacional.

Eduardo Bolsonaro continua a se posicionar firmemente em defesa de seu pai e de suas políticas, desafiando outros membros do governo que considera não serem suficientemente agressivos em sua abordagem. À medida que se aproximam as eleições municipais de 2026, as tensões entre os membros do governo e seus ex-aliados provavelmente darão o tom das futuras disputas políticas no Brasil.

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