No Brasil, a circulação de dinheiro físico permanece robusta, com um total de 7,68 bilhões de cédulas e moedas em circulação, conforme dados do Banco Central. Ao todo, esse dinheiro soma R$ 357,7 bilhões, sendo R$ 349,2 bilhões em notas e R$ 8,48 bilhões em moedas. A nota de R$ 100 é a mais presente, representando R$ 206,1 bilhões em 2,06 bilhões de unidades, enquanto as moedas de R$ 1 são as mais comuns, com 4,3 bilhões de peças que totalizam R$ 4,35 bilhões.
Dinheiro físico e a popularidade do Pix
Mesmo com a consolidação do Pix como sistema de pagamento instantâneo, a circulação de dinheiro físico não diminuiu de forma significativa. Segundo o Banco Central, essa continuidade é explicada pelo comportamento enraizado dos brasileiros de guardar dinheiro em espécie, usando-o como reserva de valor, além de pagarem suas despesas com dinheiro vivo.
A pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro” revela que o uso do Pix entre os consumidores cresceu de 46% em 2021 para 76,4% em 2024. Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o sistema já é preferido por 46% da população, uma evolução significativa em comparação aos 17% de três anos atrás.
Notas e moedas em circulação no mercado
Entre as cédulas, a nota de R$ 200, lançada durante a pandemia para reforçar o abastecimento de papel-moeda, ainda é utilizada, com 158 milhões de unidades e um valor total de R$ 31,7 bilhões. No caso das moedas, as de menor valor, como a de 1 centavo, representam uma parcela minúscula do valor financeiro total, somando apenas R$ 31,9 milhões em mais de 3,1 bilhões de peças.
Perspectivas sobre o uso de dinheiro físico
Apesar da digitalização das transações, a preservação do dinheiro em espécie demonstra que o hábito de guardar dinheiro em espécie continua forte no Brasil. Especialistas destacam que esse comportamento deve persistir enquanto o brasileiro continuar percebendo em espécie uma reserva de valor confiável e acessível, mesmo com o avanço dos métodos digitais de pagamento.