Brasil, 27 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Ataque brutal em igreja no leste do Congo deixa aproximadamente 40 mortos

Milícias ADF atacam fiéis durante culto, aumentando a lista de massacres na região.

Um ataque devastador ocorreu em uma igreja localizada no leste da República Democrática do Congo, neste domingo (27), deixando um saldo trágico de cerca de quarenta vítimas mortais. O ataque foi cometido pelas milícias das Forças Democráticas Aliadas (ADF), compostas por ex-rebeldes ugandeses, que invadiram o local de culto durante a madrugada, armados com facões e armas de fogo, conforme relatado por fontes locais à Agência France-Presse (AFP).

A violência das ADF e suas consequências

As ADF, um grupo notório por sua brutalidade, têm promovido ataques contínuos contra a população civil em uma região marcada pela instabilidade. A estação de rádio apoiada pelas Nações Unidas divulgou que o número de vítimas é estimado em 43, e os agressores teriam retornado a um reduto a cerca de 12 quilômetros do centro de Komanda antes da chegada das forças de segurança. Neste ataque, além das vidas ceifadas, várias casas e lojas foram incendiadas, intensificando o terror que permeia a vida dos civis na área.

Reações do governo e da comunidade internacional

Em resposta a mais esse ato de violência, o tenente Jules Ngongo, porta-voz do Exército da RDC em Ituri, confirmou a incursão de homens armados e expressou preocupação com a segurança da população. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também se manifestou pela plataforma social X, denunciando o ataque e ressaltando que “os locais de culto devem sempre ser preservados e a liberdade religiosa protegida”. Tajani declarou ainda a solidariedade da Itália para com as famílias das vítimas e o povo congolês.

Histórico de massacres na região

A presença das ADF na zona fronteiriça entre Uganda e o Congo remonta há anos, evidenciando um padrão de ataque sistemático contra civis. Somente duas semanas antes do ataque em Komanda, 66 pessoas foram mortas na área de Irumu, um lembrete da impunidade que caracteriza esses grupos armados. Isso levanta questões sobre a capacidade do governo congolês de proteger seus cidadãos e combater a violência armada.

O grupo terrorista associado ao Estado Islâmico, sob a liderança de figuras como Jamil Mukulu — um cristão convertido ao islamismo que fugiu para o Quênia — têm se radicalizado ao longo do tempo. O novo líder, Yusuf Kabanda, se uniu a um grupo rebelde secular ugandense, o Exército Nacional para a Libertação do Uganda (Nalu), com a finalidade de combater o presidente Yoweri Museveni, exacerbando ainda mais a instabilidade na região. Desde a radicalização das ADF, ataques a locais onde civis se reúnem, incluindo igrejas, se tornaram mais frequentes e mortais.

Além do ataque em Komanda, um dos episódios lembrados com tristeza ocorreu no início do ano passado em Baeti, onde pelo menos oito pessoas foram mortas, cinco das quais enquanto rezavam em uma cerimônia. Novamente, os rebeldes da ADF estavam envolvidos, adotando táticas de terror que envolviam não apenas assassinatos, mas também o sequestro de mais de trinta pessoas durante o ataque, como relatado na época.

Um futuro incerto para a paz na região

As constantes incursões das ADF revelam um panorama preocupante para a paz e a segurança na República Democrática do Congo. Com a continuidade dos massacres e a falta de resposta efetiva por parte das autoridades, a proteção dos civis se torna cada vez mais um desafio. A incidência de ataques a locais de culto, que devem ser refúgios de paz, sublinha a necessidade urgente de ação internacional e apoio local para restabelecer a segurança e a dignidade da população congolense.

Os apelos por paz e justiça ecoam através das comunidades afetadas e da sociedade civil, exigindo imediatamente medidas que possam conter a onda de violência e restaurar a confiança nas instituições locais. A comunidade internacional também deve se mobilizar para auxiliar a República Democrática do Congo nesta luta constante pela vida e pela liberdade religiosa.

Para mais informações sobre este tema e desenvolvimentos futuros, você pode acessar o link da fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes