Um novo aplicativo, chamado Vigia Vacas, promete transformar o manejo de doenças em gados, ao alertar os produtores sobre sinais de enfermidades e períodos férteis, aumentando a eficiência e a rentabilidade da propriedade. A ferramenta ganha destaque por sua capacidade de antecipar diagnósticos, minimizando perdas na produção diária de leite e carne.
Vantagens de monitorar doenças com tecnologia
Segundo o veterinário Ricardo Almeida, que participa do projeto, “quando há atraso na identificação de uma vaca adoecendo, o avanço clínico pode ser irreversível, obrigando o uso de antibióticos mais agressivos e causando queda na produtividade”.
O Vigia Vacas consegue detectar alterações comportamentais e fisiológicas nos animais, emitindo alertas para os produtores. Assim, a intervenção pode ocorrer de forma precoce, evitando que o animal precise interromper sua produção diária ou seja submetido a tratamentos mais intensivos.
Impactos na produção e no manejo
Com a monitorização eficiente, o proprietário de uma fazenda de leite, por exemplo, pode reduzir perdas e maximizar a produção. “Se o colar consegue antecipar esse animal pra gente, consigo tratar antes que ele apresente um quadro clínico avançado, o que mantém a produção diária e melhora o bem-estar do animal”, destaca Ricardo Almeida.
Detecção do período fértil
Além de identificar doenças, o aplicativo também informa o melhor momento para reprodução, contribuindo para aumento na taxa de prenhez e melhor aproveitamento reprodutivo dos animais.
Experiências e perspectivas futuras
Desde seu lançamento, o Vigia Vacas tem sido utilizado por várias fazendas no Espírito Santo, com resultados promissores. Segundo relatos, a tecnologia tem ajudado a reduzir custos com medicamentos e a ampliar a produtividade geral.
Especialistas ressaltam que o avanço na digitalização do agro é essencial para garantir uma pecuária mais sustentável e rentável no Brasil. Segundo dados do G1 Espírito Santo, a inovação pode ajudar a aumentar a produção de leite e carne brasileira em até 20% nos próximos anos, além de contribuir para uma gestão mais eficiente do rebanho.
