O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, celebrado em 27 de julho, próximo à festa de São Joaquim e Sant’Ana, trouxe uma poderosa mensagem do Papa Leão XIV. Em um tom esperançoso, o Papa abordou não apenas a importância da figura dos idosos na sociedade, mas também a necessidade de respeitar e assegurar os direitos estabelecidos no Estatuto da Pessoa Idosa no Brasil.
O crescimento da população idosa no Brasil
Os dados do Censo de 2022 revelam que o Brasil não é mais um país tão jovem. Atualmente, 10,9% da população brasileira possui mais de 65 anos. Este envelhecimento demográfico se torna um desafio, especialmente quando consideramos que muitas pessoas idosas ainda não são completamente cientes de seus direitos garantidos por leis que visam proteger sua dignidade e qualidade de vida. O Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, enfatiza que, apesar de termos um sistema legal avançado, o desconhecimento desses direitos ainda é um grande obstáculo.
Direitos dos idosos consagrados pelo estatuto
O Estatuto da Pessoa Idosa, criado pela Lei nº 10.741/2003, estipula uma série de direitos que devem ser respeitados, como o direito à dignidade, respeito, saúde, educação, transporte e lazer. No entanto, muitos idosos não usufruem desses direitos devido à falta de informação. É fundamental, portanto, que a população tenha acesso à legislação pertinente, que pode ser encontrada facilmente na internet em vários formatos, incluindo texto, áudio e vídeo.
Uma mensagem de esperança do Papa
Na mensagem do Papa para o Dia Mundial dos Avós, ele convida a todos a não perderem a esperança, mesmo diante das dificuldades que a idade pode trazer. O tema central da mensagem é “Bem-aventurado aquele que não perdeu a esperança”, citando figuras bíblicas como Moisés e Abraão, que mantiveram sua fé mesmo em momentos adversos. Através da história da Igreja, o Papa ressalta como a vida se desdobra nas gerações e a importância dos idosos como transmissores de fé e sabedoria.
O papel dos idosos na sociedade
No contexto da celebração, o Papa também faz um apelo à sociedade e à Igreja para que se dediquem a cuidar dos idosos, promovendo um ambiente de amor e respeito. Ele afirma que a história humana não se limita ao presente, mas deve ser compreendida na continuidade das gerações. Os idosos, portanto, devem ser vistos como sinais de esperança que podem inspirar as gerações mais jovens, transmitindo valores importantes e experiências significativas da vida.
A importância do reconhecimento e da valorização
A Bula de Promulgação do Ano Jubilar, intitulada “Spes non confundit – A Esperança não engana”, também motive um olhar mais atento à população idosa. Francisco lembra que, apesar de muitas vezes se sentirem sozinhos e abandonados, os idosos têm um tesouro a compartilhar: sua vida e suas sabedorias. Para que isso aconteça, é necessário que a sociedade os valorize e reconheça a importância que têm, promovendo a aliança entre as gerações e o fortalecimento da comunidade.
Em sua mensagem, o Papa Leão XIV não apenas destaca a necessidade urgente de atenção aos direitos dos idosos, mas também fala sobre a importância do amor e da gratidão que devem ser direcionados a eles por seus filhos e netos. É um chamado para uma mudança de atitude quanto ao envelhecimento, promovendo um olhar mais positivo e respeitoso sobre aqueles que construíram a sociedade em que vivemos.
O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos é, portanto, uma oportunidade não apenas para celebrar, mas também para refletir sobre as necessidades e os direitos dessa população que merece nosso carinho, respeito e atenção, especialmente em tempos de desafios e solidão.
Por meio de ações e conscientização, é possível construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todas as idades, onde todos possam viver com dignidade e esperança.
Para mais detalhes sobre a mensagem do Papa e a importância dos direito dos idosos, acesse o link da fonte.