Brasil, 26 de julho de 2025
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Dois homens são condenados pela morte de indígena em Ilhéus

Dois homens foram condenados a 38 anos de prisão pela morte de Eurides Monteiro Nascimento durante uma tentativa de assalto em Ilhéus.

Em um caso que gerou comoção na comunidade local e além, dois homens foram condenados a 38 anos de prisão pela morte da indígena Eurides Monteiro Nascimento Carmo, de 58 anos, e pelo esfaqueamento de um amigo dela durante uma tentativa de roubo. O crime ocorreu em janeiro deste ano, na cidade de Ilhéus, um popular destino turístico situado no sul da Bahia.

Justiça para Eurides

Os condenados, Ruan Rodolfo Miranda Pereira e Luís Fernando Oliveira dos Santos, foram sentenciados a 23 anos de prisão pelo crime de latrocínio que resultou na morte de Eurides, e a 15 anos por ferir o amigo dela. O julgamento teve lugar na última sexta-feira (23), na 2ª Vara dos Juizados Especiais da Comarca de Ilhéus.

O advogado de Ruan, Caíque Mota, manifestou intenção de recorrer da decisão, solicitando uma mudança na classificação do crime. Segundo ele, a tipificação de latrocínio exige que a morte seja motivada pela intenção de roubar, mas, segundo a análise dos autos, os acusados atacaram a vítima sem qualquer tentativa de subtração de bens, o que, em sua visão, invalidaria a acusação de latrocínio.

Os detalhes do crime

O trágico incidente ocorreu na manhã do dia 15 de janeiro, enquanto Eurides e seu amigo caminhavam em um trecho da BA-001, mais conhecida como Rodovia Ilhéus-Olivença. Câmeras de segurança registraram o ataque violento dos dois homens, que feriram a mulher e o amigo, que conseguiu sobreviver ao ataque.

As autoridades conseguiram capturar os suspeitos em locais distintos da cidade, com um deles localizado em um condomínio e o outro na zona norte. De acordo com a delegada Darlucia Palafoz, os criminosos já tinham um histórico de atividade delitiva semelhante. “Na delegacia, eles confessaram a tentativa de latrocínio e indicaram onde haviam descartado as armas, que foram subsequently apreendidas”, explicou a delegada.

Repercussão na comunidade

A morte de Eurides não apenas choca, mas também provoca uma reflexão sobre a segurança nas ruas de Ilhéus e na Bahia como um todo. As circunstâncias em que o crime ocorreu, com a vítima sendo atacada de forma brutal, geraram indignação entre os moradores da região. Uma testemunha relatou que Eurides foi esfaqueada logo depois que os assaltantes anunciaram o roubo, e mesmo sem oferecer resistência, acabou morta. O amigo dela, que tentou intervir, ficou ferido na barriga, mas sobreviveu ao incidente.

A luta contra a impunidade

A condenação dos responsáveis pela morte de Eurides representa um passo importante na luta contra a impunidade em crimes violentos no Brasil. No entanto, o advogado de Ruan tem um prazo de 10 dias para apresentar os recursos ao tribunal, e a defesa sugere que a discussão sobre a classificação do crime poderá abrir brechas para futuras revisões no caso.

O caso de Eurides não é isolado. Nos últimos meses, diversas situações de violência e latrocínio têm come ocorrido em diferentes partes da Bahia, levando a comunidade a exigir mais ações efetivas das autoridades competentes para combater esse tipo de crime. Policiais e especialistas em segurança pública ressaltam a importância de medidas preventivas, além do aumento da efetividade nas investigações e na resposta imediata às ocorrências.

À medida que o caso avança na justiça, as esperanças de que a comunidade de Ilhéus possa encontrar um caminho mais seguro tornam-se uma realidade cada vez mais urgente. A luta por justiça e pela paz nas ruas se intensifica, e a memória de Eurides se torna um símbolo de resistência e luta pela segurança de todos.

Caminhos para a Justiça

Enquanto o julgamento continua a alicerçar dolorosas memórias, a sociedade civil e as autoridades têm um papel crucial a desempenhar. A conscientização sobre a segurança no espaço público e a criação de programas que promovam a paz e a segurança são vitais. Ficar atento a movimentações na comunidade e apoiar ações que busquem o bem-estar coletivo parecem ser o caminho a seguir.

Em um Brasil onde a violência infelizmente se tornou uma realidade para muitos, a luta por justiça deve continuar. O caso de Eurides é um lembrete poderoso de que cada vida perdida representa não apenas uma tragédia individual, mas também uma ferida coletiva em nossa sociedade.

Mais detalhes sobre a condenação e outros casos de latrocínio na Bahia podem ser lidos na íntegra através da fonte em [g1.globo.com](https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2025/07/26/condenacao-morte-indigena-bahia.ghtml).

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