Brasil, 26 de julho de 2025
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Daughter de Martin Luther King critica divulgação dos arquivos do líder

A liberação de mais de 230 mil páginas relacionadas ao assassinato de MLK gerou reações conflitantes, incluindo críticas da família

Nesta segunda-feira, mais de 230 mil páginas relacionadas ao assassinato do reverendo Martin Luther King Jr. em 1968 foram publicadas no site dos Arquivos Nacionais. A ação ocorreu sob a supervisão da administração Trump, que prometeu “garantir total transparência” sobre o caso, conforme declarou Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência.

Divergências sobre o conteúdo dos arquivos do MLK

Alguns historiadores afirmam que os novos documentos trazem pouca ou nenhuma informação inédita. Outros interpretam a divulgação, que ocorreu sem aviso prévio, como uma estratégia política para desviar o foco de controvérsias envolvendo os arquivos de Jeffrey Epstein. Entre os críticos estão os filhos de Martin Luther King.

Reação de Bernice King, filha do líder, causa repercussão

Bernice King, líder do The King Center, emitiu uma declaração intitulando o momento da liberação de “inepto” e uma distração diante de questões mais urgentes. Ela afirmou: “É lamentável e inoportuno, diante dos inúmeros problemas e injustiças que afetam os Estados Unidos e o mundo, desviar a atenção de necessidades críticas e das consequências traumáticas dessas questões”.

Também à Vanity Fair, Bernice declarou que, apesar de ser a CEO do The King Center, ela não consegue lidar com o retorno aos detalhes violentos do assassinato do pai. “Hoje, não escrevo como representante da instituição, mas como alguém que, criança, enfrentou uma história muito confusa e perturbadora”, comentou. “Não estou preparada para reviver essa dor. Para mim, não há valor nesse retorno; só há trauma.”

Questionamentos e críticas ao conteúdo divulgado

Parte dos estudiosos de MLK argumenta que os arquivos não acrescentam novidades ao que já era conhecido. Outros apontam que a liberação, feita sem prévio aviso, busca um efeito político, desviando a atenção de pedidos por transparência em relação às investigações sobre Epstein. A controvérsia também envolve diretamente os filhos do ativista, que veem a ação como uma manobra.

Impacto na memória e no debate público

A publicação reacende debates sobre o direito à verdade histórica e os limites da divulgação de documentos sensíveis. Enquanto alguns defendem a transparência, outros alertam para os riscos de reviver traumas antigos e de manipulação política.

Por ora, não há previsão oficial de novas liberações ou de esclarecimentos adicionais por parte do governo americano, que insiste em seguir um caminho de total abertura, mesmo sob críticas. A controvérsia demonstra como temas clássicos da história de MLK continuam dividindo opiniões e alimentando debates polarizados.

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