No seu programa de quarta-feira, Stephen Colbert fez uma análise satírica da decisão da Paramount de pagar milhões a Donald Trump, enquanto a emissora enfrenta corte de empregos e dificuldades financeiras. A situação envolve um acordo de US$ 16 milhões (cerca de R$ 80 milhões) para resolver uma ação judicial considerada sem méritos pelos especialistas.
Críticas de Colbert ao acordo com Trump
Colbert reforçou a controvérsia ao calcular que, somando o pagamento de Trump, anúncios públicos extras e a cobertura de custos jurídicos, a Paramount teria perdido aproximadamente US$ 40 milhões (cerca de R$ 200 milhões) neste ano. Ele ironizou a situação dizendo: “Por se dobrar, eles perderam quase R$ 200 milhões.” O apresentador brincou que, diante de tais números, os executivos da CBS poderiam até ser “cancelados”.
Contexto do pagamento e possíveis motivos
Trump alegou que a Paramount prometeu pagar mais R$ 100 milhões (US$ 20 milhões) em publicidade e publicidade similar, além de cobrir seus custos legais. A Paramount negou a acusação. Os analistas acreditam que o movimento ocorre em meio a uma tentativa da empresa de aprovar uma fusão que depende da aprovação da Federal Communications Commission (FCC).
Impacto na empresa
O acordo com Trump veio em um momento em que a Paramount anunciou cortes de cerca de 2.500 empregos nos últimos meses, além do cancelamento do programa de Colbert, The Late Show, sob alegação de motivos financeiros. Segundo Colbert, a prioridade deveria ser a preservação de empregos e a saúde financeira da empresa, em vez de pagar uma soma bilionária devido a um processo judicial sem fundamentos.
Reações e preocupações
Apesar de a Paramount negar a alegação de pagamento adicional, as críticas de Colbert indicam preocupações sobre a ética da decisão e o impacto na moral da equipe. “Se for verdade, a CBS estaria moralmente e economicamente falida”, afirmou o apresentador, alertando para as consequências de se priorizar acordos com políticos sobre o bem-estar da corporação e dos funcionários.
Este episódio reflete a pressão crescente sobre empresas de mídia que, em meio a interesses políticos e financeiros, enfrentam dilemas éticos e de sustentabilidade econômica.
Para mais detalhes, confira a monólogo completo de Colbert.