Brasil, 26 de julho de 2025
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Planeta se aproxima do limite de aquecimento de 1,5°C, alertam especialistas

Com apenas alguns meses para a COP30, cenário global aponta urgência de planos climáticos eficazes e redução de emissões

Dados recentes mostram que o aquecimento global atingiu 1,36°C em 2024, elevando a temperatura média do planeta para 1,52°C, o que coloca o mundo em uma situação de risco crítico. Os cientistas alertam que o limite de 1,5°C, estabelecido pelo Acordo de Paris para evitar os piores impactos das mudanças climáticas, está quase esgotado, com a janela de ação se fechando rapidamente.

A emergência de ações globais diante da crise climática

Apesar da gravidade da situação, poucos países apresentaram seus planos climáticos atualizados para a COP30, a serem entregues até fevereiro deste ano. Até o momento, somente 25 países, responsáveis por cerca de 20% das emissões globais, cumpriram essa obrigação, entre eles Somália, Zâmbia e Zimbábue. O relatório anual Indicators of Global Climate Change evidencia que, sem ações urgentes, o orçamento global de carbono será completamente utilizado em menos de três anos.

Segundo especialistas, a atual trajetória leva o planeta a níveis perigosos de temperatura, com consequências graves para a saúde, economia e ecossistemas. “Estamos em águas perigosas, com o aquecimento já atingindo 1,52°C, o que garante impactos cada vez mais intensos e frequentes”, destaca Piers Forster, professor de Mudanças Climáticas na Universidade de Leeds.

Desafios e obstáculos na contenção da emergência climática

Um dos principais entraves à ação rápida é a ausência de dados climáticos confiáveis, o que prejudica a elaboração de planos de emergência eficazes. Ainda assim, países desenvolvidos têm sido responsáveis por maior parte das emissões ao longo dos anos e, por isso, precisam liderar a redução e oferecer suporte financeiro aos países em desenvolvimento.

Na África, a crise é particularmente severa. O continente enfrenta sua pior fase de desastres climáticos em mais de uma década, agravada pela insuficiência de ações concretas e recursos financeiros. O evento da ONU na Etiópia, em setembro, visa fortalecer o compromisso dos países em garantir uma transição justa e equilibrada para o neutralidade de carbono até 2050.

Caminhos para evitar a catástrofe

Especialistas reforçam que, para conter a crise, é necessário acelerar a implementação das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) atualizadas. O G20, responsável por 80% das emissões globais, ainda tem pendências, com apenas cinco países apresentando seus planos para 2035. Países como o Brasil, Estados Unidos, China, União Europeia e Índia terão papel fundamental na liderança de esforços mais ambiciosos.

A redução de emissões de combustíveis fósseis, investimento em tecnologias limpas e maior acesso ao financiamento climático são ações essenciais para que o mundo mantenha viva a esperança de limitar o aquecimento a 1,5°C. Caso contrário, a janela de oportunidade se encerrará, aumentando drasticamente os riscos ambientais e sociais.

Próximos passos e esperança de mudança

Para evitar os piores efeitos da mudança climática, o mundo precisa agir com urgência e responsabilidade. O papel dos governos, da sociedade e do setor privado é determinante para que os planos sejam ambiciosos e cumpridos antes da COP30, marcada para o próximo ano. A persistência na inércia pode custar vidas, ecossistemas e o futuro da humanidade.

Segundo Piers Forster, “cada tonelada de gases de efeito estufa ainda emitida nos aproxima de um ponto irreversível na crise”. Ações efetivas, transparência e solidariedade internacional são essenciais para proteger o planeta para as gerações futuras.

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