O ex-procurador-geral Pam Bondi teria informado o então presidente Donald Trump, em maio, que seu nome aparecia em um grande volume de documentos relacionados ao sexófilo Jeffrey Epstein, conforme reportagem do The Wall Street Journal divulgada nesta quarta-feira. A revelação ocorre em meio à tentativa de Trump de se distanciar do caso Epstein, mais de duas semanas após o Departamento de Justiça não ter divulgado novos documentos prometidos.
Alertas de Bondi e a resposta de Trump
Durante uma reunião rotineira na Casa Branca, Bondi e seu vice informaram a Trump que outras figuras de alto perfil também eram citadas nos arquivos revisados pelo Departamento de Justiça. Entretanto, membros do governo comentaram que a maioria dessas menções é considerada por eles como “boatos não verificados”.
Após a divulgação, o presidente descartou a notícia como uma “notícia falsa” e processou os jornalistas do The Wall Street Journal e o proprietário do veículo. Trump respondeu: “Não, não” ao ser questionado se seu nome foi mencionado nos documentos, alegando que sua equipe jurídica já havia recebido um “resumo rápido” do tema e afirmando que a controvérsia é um “boato”.
Nomes de destaque e investigações em andamento
Embora os nomes de Trump e outros altos colegas ainda não tenham sido confirmados oficialmente nos documentos, o próprio ex-presidente aparece na lista de contatos e registros de voo de Epstein, relatos amplamente divulgados pela mídia. Além disso, na semana passada, o The Wall Street Journal publicou detalhes de uma suposta carta de aniversário, considerada uma mensagem provocante enviada por Trump ao condenado Epstein.
Segundo fontes do governo, a questão de possíveis nomes de figuras influentes permanece sob investigação, embora uma nota da Secretaria de Justiça publicada em julho tenha afirmado que não há evidências de uma lista de clientes capazes de serem usados para chantagem pelo criminoso.
Reação e próximos passos
O secretário de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, declarou que a história é “mais uma notícia falsa”, reforçando que o governo busca “acalmar os apoiadores” diante do debate. Por sua parte, o vice-procurador-geral Todd Blanche indicou que uma reunião com Ghislaine Maxwell, associada de Epstein, pode ocorrer “nos próximos dias”.
Enquanto isso, a Comissão de Supervisão da Câmara anunciou a emissão de uma intimação para Maxwell testemunhar na próxima depoimento, previsto para o mês que vem. Justiça também negou uma solicitação do Departamento de Justiça de tornar públicos os registros do grande júri relacionados às investigações de Epstein, realizados em 2005 e 2007, indicando o grau de sigilo preservado no caso.
Perspectivas futuras no caso Epstein
Este episódio reforça as tensões em torno das investigações sobre Epstein e seus associados. À medida que surgem novas informações, a narrativa sobre a amplitude do envolvimento de figuras influentes continua ganhando destaque, alimentando debates sobre transparência e possíveis implicações para o governo Trump.
Este é um desenvolvimento em andamento. Acompanhe as atualizações na cobertura desta história.