Nesta sexta-feira, 25 de julho, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou seu apoio à pré-candidatura de Efraim Filho (União Brasil) ao governo da Paraíba. Esse passo representa um rompimento significativo do senador com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão de Michelle destaca a crescente polarização política no país e o alinhamento com lemas mais conservadores, refletindo os valores que sustentam sua base de apoio.
Efraim Filho e a direita brasileira
Durante o lançamento da nova sede do PL na Paraíba, Efraim fez questão de ecoar os lemas da direita, defendendo a “família” e se posicionando contra o aborto. Ele também manifestou apoio à pré-candidatura do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao Senado. A escolha de Efraim como candidato tem o objetivo de unir as forças opositoras e trazer o centro político para sua candidatura.
Rompe relações com o governo Lula
O deputado Efraim Filho, que também preside a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), se distanciou ainda mais do governo Lula ao afirmar que entregaria todos os cargos que lhe foram indicados na Codevasf e nos Correios. Essa ação reflete uma estratégia clara de romper os laços com o governo atual e consolidar sua base de apoio no campo da oposição.
Após o evento, Efraim falou à rádio CBN, afirmando que seu apoio a Marcelo Queiroga e sua estratégia de unir as oposições visam fortalecer a candidatura ao governo da Paraíba. “É por acreditar nos princípios e valores que eu me alinho junto a essa luta”, declarou Efraim, evidenciando seu comprometimento com a defesa das bandeiras conservadoras.
Apoio de Michelle e a tensão política
No evento, Michelle Bolsonaro elogiou Efraim, chamando-o de “cabra macho” e afirmando que, se eleito, ele “vai honrar o voto” dos eleitores. Este apoio de uma figura conhecida da direita, como Michelle, pode ser crucial para a campanha de Efraim em um cenário político onde o bolsonarismo busca reafirmar sua influência nas disputas eleitorais estaduais e federais.
A tensão entre o bolsonarismo e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também foi um tema relevante no contexto do evento. Efraim, próximo a Alcolumbre, enfrenta um cenário desafiador, especialmente após o anúncio do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que indicou que Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta, estão sob a mira dos Estados Unidos, com a possibilidade de revogação de vistos caso não sigam determinadas pautas políticas.
O cenário atual do União Brasil
Atualmente, o União Brasil conta com três ministérios na Esplanada dos Ministérios: Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional, todos com uma forte ligação com Alcolumbre. A presença significativa do União no governo coloca Efraim Filho em uma posição delicada, onde ele precisa equilibrar sua transformação em uma figura de oposição sem perder a influência e o poder que o partido já exerce na esfera governamental.
Para Efraim, a colaboração com figuras como Michelle Bolsonaro pode ser uma estratégia eficaz para revitalizar sua candidatura e mobilizar eleitores que se identificam com a agenda conservadora. A preponderância desse novo relacionamento político promete ser um movimento interessante a ser observado nas próximas eleições, especialmente em um momento de polarização acentuada no Brasil.
Nas palavras de Efraim, existe um claro esforço de “aglutinar as oposições” e fazer ceder espaço ao discurso que defende valores mais conservadores em contraposição ao que o atual governo tem apresentado. O desenrolar dessa história está apenas começando e promete muitas reviravoltas até as eleições na Paraíba e no cenário político brasileiro como um todo.
