Brasil, 26 de julho de 2025
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Michelle Bolsonaro apoia pré-candidatura de Efraim Filho na Paraíba

Diante de apoiadores, ex-primeira-dama declara seu apoio à candidatura de Efraim Filho ao governo da Paraíba.

Durante a inauguração da nova sede do PL na Paraíba, na última sexta-feira, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro oficializou seu apoio à pré-candidatura do senador Efraim Filho (União Brasil) ao governo do estado. Com esta declaração, Michelle e a presença de Efraim no evento sinalizam um rompimento do líder do União Brasil no Senado com o governo Lula.

Devem ser consideradas as consequências políticas

Após o evento, Efraim confirmou a devolução de cargos federais que havia indicado na Paraíba, um movimento interpretado como um sinal de adesão ao campo bolsonarista. O senador mencionou que são duas indicações em órgãos como a Codevasf e os Correios, destacando que esses cargos são técnicos e não políticos. “O mesmo governo que nomeia é o mesmo que exonera”, afirmou Efraim em entrevista à rádio CBN João Pessoa.

No palanque, Michelle se dirigiu a uma plateia de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, sendo enfática ao apoiar Efraim. “A Paraíba vai mudar a sua história com Efraim no governo do estado e com Marcelo Queiroga senador. Precisamos de vocês, homens que entendem que a política é uma ferramenta de transformação”, declarou, recebendo aplausos.

Nova chapa e alianças políticas

Além de Michelle, o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que também é aliado de Bolsonaro, participou da cerimônia e foi anunciado como pré-candidato ao Senado na chapa de Efraim. Essa aliança representa a entrada formal do União Brasil no campo de oposição no estado, que atualmente é governado por João Azevedo (PSB).

Durante seu discurso, Efraim se dirigiu diretamente ao eleitorado conservador e fez críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal. Ele se referiu à condenação cautelar de Jair Bolsonaro e à liberdade de um dos “pivôs da Lava Jato”, afirmando: “É inadmissível ver uma condenação cautelar de Jair Bolsonaro e ver o pivô da Lava Jato ser colocado nas ruas livres, por invalidar provas”. Essa declaração intensificou sua crítica ao governo Lula.

Repercussão na oposição

A movimentação de Efraim gerou reações imediatas no campo da esquerda. Dirigentes do PT passaram a criticar publicamente o senador, que até então mantinha um diálogo contínuo com o Palácio do Planalto. O secretário estadual da Juventude, Pedro Matias, ironizou a atitude de Efraim, afirmando: “Na Paraíba, a gente aprende que homem tem que ter posição: ou defende o Governo ou vai de vez pra oposição. Esse foguete parece que é flex”.

Efraim Filho, que lidera o União Brasil no Senado e que ocupa três ministérios no governo Lula, vem ensaiando um afastamento em alguns estados. A situação reflete as tensões políticas internas que o partido enfrenta, além de suas posições ambíguas em relação às alianças no quadro nacional.

Perspectivas para o futuro político

No cenário nacional, a sigla tem demonstrado que não deve integrar o palanque de Lula em 2026. Uma das possibilidades sob discussão inclui a candidatura presidencial do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que já se posicionou como uma alternativa de centro-direita. Outra hipótese, que envolveria alianças com o PP e Republicanos, poderia consistir em apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro ou um nome de seu grupo político, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou um membro da família Bolsonaro. Nesse contexto, a federação entre PP e União Brasil já está cogitando ocupar a vaga de vice na próxima chapa.

Essas movimentações políticas na Paraíba marcam um momento importante para a política local e nacional, especialmente com a proximidade das eleições, onde as alianças estarão sob constante avaliação e as estratégias de apoio se modificarão conforme as reações do eleitorado.

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