Brasil, 26 de julho de 2025
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Medusa invasora é removida em grande quantidade na baía de todos-os-santos

Mais de uma tonelada de medusa invasora foi removida da Baía de Todos-os-Santos para proteger a biodiversidade local.

Na última quinta-feira (24), uma ação ambiental significativa ocorreu na Baía de Todos-os-Santos, onde mais de uma tonelada da medusa exótica invasora, conhecida como Cassiopea andromeda, foi retirada das águas da região, próxima à praia do Brasileirinho, em Itaparica. Essa operação, coordenada pela Prefeitura de Itaparica em parceria com diversas instituições, visa preservar a biodiversidade local e controlar os impactos ambientais provocados por essa espécie.

A importância da baía de todos-os-santos

A Baía de Todos-os-Santos é destacada por ser a maior do Brasil e a segunda maior do mundo. Com 1.180 km de litoral e uma área de 1.233 quilômetros quadrados, é quase duas vezes maior que a cidade de Salvador. Além de sua extensão, a baía abriga diversas ilhas e municípios, tornando-se um ecossistema riquíssimo, mas também vulnerável a invasões de espécies não nativas.

Efeitos da medusa invasora

A medusa Cassiopea andromeda, apesar de sua beleza, representa uma séria ameaça ao equilíbrio ecológico da baía. Originária de regiões tropicais e subtropicais, essa espécie não é nativa do Brasil, mas já foi registrada em algumas áreas litorâneas. A presença dessa medusa pode afetar diretamente organismos nativos e impactar a vida marinha local, prejudicando aqueles que dependem dos recursos naturais para subsistência.

Operação de remoção e parcerias

A remoção dessas medusas foi apenas parte de uma ampla estratégia de preservação ambiental. Essa ação foi a primeira etapa de uma operação maior, que incluiu a colaboração do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Também participaram projetos ambientais como Maré de Março e Recife das Pinas Unas, bem como moradores da comunidade local, evidenciando o engajamento social em prol da proteção ambiental.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Itaparica, Sérgio Pitta, destacou a importância dessa operação: “Estamos unindo esforços com instituições científicas e órgãos ambientais para garantir a preservação da nossa baía. A presença dessa espécie invasora pode gerar impactos significativos no equilíbrio ecológico.”

Desafio das espécies invasoras

As medusas não são as únicas espécies exóticas que ameaçam a biodiversidade da Baía de Todos-os-Santos. Recentemente, mais de cinco toneladas de uma espécie invasora de corais foram removidas em outra operação. Essas ações evidenciam a urgência de estratégias eficazes para monitorar e controlar a introdução de espécies estranhas em ecossistemas frágeis.

Outros organismos invasores

Além das medusas e corais, outra espécie que tem causado preocupação é o peixe-leão, encontrado por moradores em Taipu de Dentro. Este peixe, originário do oceano Indo-Pacífico, é conhecido por ser altamente venenoso e por causar desequilíbrio nos ecossistemas marinhos, consumindo um grande número de peixes nativos.

Impactos das mudanças climáticas

Os especialistas apontam que a introdução de espécies invasoras está relacionada a fatores como o aquecimento das águas e mudanças climáticas, que alteram a dinâmica dos ecossistemas costeiros. Segundo Tiago Porto, diretor de políticas e planejamento ambiental da Sema, “as mudanças climáticas estão afetando os ecossistemas e as espécies de várias formas” e isso “pode favorecer a expansão das áreas de ocorrência das espécies invasoras”.

Como agir diante de espécies exóticas

Para combater a proliferação de espécies invasoras na Baía de Todos-os-Santos, as autoridades orientam a população a não matar ou retirar esses organismos. Em vez disso, devem entrar em contato com os órgãos competentes, fornecendo informações detalhadas sobre a espécie e a localização do encontro. Um plano de resposta à bioinvasão está em desenvolvimento para lidar com esses desafios, reforçando a necessidade de colaboração entre a comunidade e as instituições.

Este esforço coletivo é vital para preservar a saúde dos ecossistemas marinhos e garantir a sustenção dos recursos naturais para as futuras gerações. Os desafios apresentados pelas mudanças climáticas e pela invasão de espécies exóticas revelam a importância de um trabalho contínuo e em parceria para a proteção da Baía de Todos-os-Santos e seu biodiverso ambiente.

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