A atriz e ativista Laverne Cox usou suas redes sociais para esclarecer sua relação com um policial de Nova York que vota no movimento MAGA, após receber críticas ao tornar público seu namoro de quatro anos. No vídeo divulgado, ela revelou que seu ex-namorado, um policial de 26 anos, é um apoiador de Donald Trump, e que, apesar das diferenças políticas, mantiveram uma relação marcada por diálogo e respeito.
Política, amor e complexidades pessoais de Cox
Laverne contou que conheceu seu ex-no começo da pandemia, quando ele tinha 26 anos, e que, na época, ela tinha 48 anos. “Ele é um eleitor MAGA, policial de Nova York, com cabelos loiros e olhos azuis. Estávamos apaixonados. Não desenvolvi essas opiniões políticas; tenho minhas próprias”, explicou Cox durante apresentação no City Winery de Nova York, destacando que o relacionamento foi baseado na conexão emocional e não nas diferenças políticas.
Ela também destacou que, ao começar a relação, não sabia do envolvimento dele com o movimento MAGA ou que votava em Trump, pois eles se conheceram participando de aplicativos de namoro. Cox reforçou que, apesar das divergências, tentou sempre dialogar com amor e empatia, desafiando o parceiro com fatos e tentando compreender suas perspectivas.
Reações e respostas às críticas
Após a divulgação, muitas opiniões na internet foram criticando Cox por se relacionar com alguém com ideias contrárias às suas, principalmente relacionadas às políticas anti-trans e à defesa dos direitos LGBTQ+. Cox reagiu às críticas no Instagram, dizendo que não pensou na repercussão ao contar sua história, e que o foco do seu show será explorar esses aspectos de sua vida, incluindo o relacionamento.
Ela enfatizou que não viveu a relação pensando em superficialidades, e que o seu ex-parceiro possuía qualidades humanas que a conquistaram. “Ele tem uma alma linda. Gostei de muitos aspectos dele e estive apaixonada”, afirmou Cox. Ela também reforçou seu posicionamento contra o fascismo, frisando que nunca adotou as opiniões políticas dele e que sempre tentou manter a relação baseada no respeito às diferenças.
O contexto político e seus limites
Nesse contexto, Cox explicou que, embora se defina como independente na maior parte da vida — e tenha votado em Bernie Sanders em 2020 — ela nunca apoiaria uma reforma de governo de Trump devido às suas políticas anti-trans e negligência com direitos civis. “Fascismo não condiz com meus valores. Sou antifascista”, afirmou.
Ela também esclareceu que, no começo, o relacionamento foi sem discussões políticas e que, ao longo do tempo, ela tentou abrir diálogo, sobretudo no período eleitoral de 2024. “Quando as eleições se aproximaram, falei sobre o que ele achava de questões como a perda de direitos de pessoas trans. Ele ficou assustado e concordou que esses riscos existiam”, contou Cox.
Perspectivas e reflexão sobre amor e política
Ao falar do tema, Cox afirmou que a experiência, ainda que desafiadora, reforça sua visão de que é possível amar pessoas com opiniões diferentes, desde que haja respeito e diálogo. Ela também mencionou que, atualmente, separou-se do parceiro e que o momento exige clareza em relação às posições políticas diante da luta pelos direitos civis. “Estamos numa fase em que as linhas precisam ser claramente desenhadas”, concluiu.
O vídeo completo, que dura quase 55 minutos, está disponível no Instagram de Cox para quem desejar entender melhor a complexidade dessa história de amor, política e valores.