A deputada democrata Jasmine Crockett, representante pelo Texas, acusou nesta semana o ex-presidente Donald Trump de tentar destruir provas relacionadas ao caso Epstein, levantando suspeitas sobre a transparência do republicano na investigação. Crockett afirmou que há indícios de que o governo estaria apagando registros antes de uma possível divulgação em setembro.
Acusações de Crockett sobre destruição de evidências
Durante entrevista ao influenciador digital Russell Ellis, conhecido como Jolly Good Ginger, Crockett declarou que o esforço de esconder informações pode estar em andamento. Segundo ela, “eles podem estar engajados em destruir provas. Nós sabemos que Trump não está acima disso”, afirmou a deputada, que ainda disse aguardar a retomada das sessões na Câmara para aprofundar as investigações.
Contexto recente envolvendo o caso Epstein
As críticas às ações de Trump vêm na esteira de uma decisão da Câmara dos Deputados, liderada pelo presidente da casa, Mike Johnson (R-Louisiana), de adiar sessões por cinco semanas até setembro, bloqueando uma tentativa bipartidária de liberar arquivos relacionados ao delinquente Jeffrey Epstein. A controvérsia aumentou após o Departamento de Justiça e o FBI confirmarem que a morte de Epstein, em 2019, foi um suicídio, e que não possui uma lista de clientes.
Reações às alegações de Trump e do governo
Essas declarações enfureceram parte da base trumpista, que passa a questionar a própria administração. Muitas dessas críticas estão relacionadas à alegação de que documentos confidenciais, supostamente relacionados a Epstein, estariam sendo ocultados ou destruídos antes da abertura ao público. Crockett também relembrou ações do FBI em 2022 na propriedade de Trump, Mar-a-Lago, onde buscas foram realizadas para encontrar documentos classificados, o que gerou forte repercussão.
Desafios legais e transparência
Embora os esforços do governo federal para revelar detalhes de Epstein tenham sido barrados nos tribunais, há uma crescente desconfiança pública diante do suposto encobrimento. Crockett ironizou a situação, afirmando que “eles querem nos fazer acreditar que podem destruir tudo em um mês, e depois liberar”.
De acordo com especialistas, as acusações levantadas reforçam o clima de suspeita ao redor do ex-presidente, amplificando as dúvidas sobre possíveis conexões e proteções relacionadas ao caso Epstein. Enquanto isso, Ghislaine Maxwell, uma cúmplice de Epstein condenada a 20 anos de prisão, continua sendo alvo de investigações adicionais.
As investigações sobre o caso Epstein continuam a dividir opiniões nos EUA, alimentando complexas questões de justiça e transparência no governo. O cenário sugere que futuras revelações podem impactar ainda mais a relação de Trump com a legislação e a opinião pública.
Esta matéria foi originalmente publicada na HuffPost.